Mais de 2 mil vítimas de trabalho análogo à escravidão foram resgatadas no Brasil em 2024

Foto: Reprodução das mídias - Divulgação: Notisul

Em 2024, o Ministério do Trabalho e Emprego resgatou 2.004 trabalhadores vítimas de trabalho análogo à escravidão, com o apoio de ações fiscais realizadas ao longo do ano. As operações também garantiram o pagamento de mais de R$ 7 milhões em verbas trabalhistas.

Ministério do Trabalho realiza 1.035 ações fiscais em 2024

Durante todo o ano de 2024, o Ministério do Trabalho e Emprego conduziu 1.035 ações fiscais de combate ao trabalho escravo, resultando no resgate de mais de 2 mil trabalhadores em condições degradantes. A fiscalização abrangeu diferentes setores, com destaque para a construção de edifícios, cultivo de café, e horticultura.

Áreas com maior número de trabalhadores resgatados:

  • Construção de edifícios: 293 resgatados
  • Cultivo de café: 214 resgatados
  • Cultivo de cebola: 194 resgatados
  • Serviço de preparação de terreno: 120 resgatados
  • Horticultura (exceto morango): 84 resgatados

Crescimento do resgate em áreas urbanas

O Ministério do Trabalho destacou que, em 2024, houve um aumento significativo no número de trabalhadores resgatados em áreas urbanas, representando 30% do total de vítimas identificadas no ano. A atuação das equipes de fiscalização também garantiu os direitos trabalhistas de 5.741 trabalhadores, incluindo aqueles que não estavam em condições de trabalho escravo, mas cujos direitos foram violados.

Destaques estaduais e fiscalização no trabalho doméstico

Os estados com maior número de ações fiscais em 2024 foram São Paulo (191), Minas Gerais (136), e Rio Grande do Sul (82). No total, Minas Gerais foi o estado que resgatou o maior número de trabalhadores (500), seguido por São Paulo (467) e Bahia (198).

Em relação ao trabalho doméstico, 22 ações fiscais específicas foram realizadas, resultando no resgate de 19 trabalhadores.

A rede de apoio pós-resgate

O Grupo Especial de Fiscalização Móvel, responsável pela coordenação das ações de combate ao trabalho escravo, trabalha em conjunto com outras instituições, como o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Rodoviária Federal, para garantir o acolhimento e os direitos das vítimas após o resgate.