O presidente Lula sancionou, com vetos, a lei que institui o novo Ensino Médio. A medida, publicada nesta quinta-feira (1º) no Diário Oficial da União, mantém a exigência de que vestibulares e o Enem cobrem apenas o conteúdo tradicional do Ensino Médio, excluindo os itinerários formativos.
Lula sanciona nova lei do Ensino Médio
A nova lei do Ensino Médio altera a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. O governo vetou a inclusão dos itinerários formativos no Enem e em vestibulares, mantendo o foco nas disciplinas tradicionais obrigatórias.
Mudanças no novo Ensino Médio
A nova lei determina que o currículo do Ensino Médio seja composto por 2.400 horas de disciplinas obrigatórias e 600 horas de disciplinas optativas, com algumas matérias obrigatórias em todos os anos e a oferta de itinerários formativos em áreas específicas.
- Detalhes da lei:
- 2.400 horas para disciplinas obrigatórias
- 600 horas para disciplinas optativas
- Disciplinas obrigatórias: português, inglês, artes, educação física, matemática, ciências da natureza e ciências humanas
- Espanhol como disciplina facultativa
- Itinerários formativos em quatro áreas: linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas
Adaptação dos estados e desafios
Vitor de Angelo, presidente do Consed, afirmou que os estados precisarão de tempo para se adaptar às novas mudanças, mas considera o processo realizável. Ele destacou a importância da definição de um núcleo comum para os itinerários formativos e mencionou desafios na implementação do ensino médio noturno.
Reações das entidades educacionais
As reações à nova lei foram mistas. Enquanto a ONG Todos Pela Educação viu as mudanças como uma melhoria substancial, a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) considerou a aprovação uma derrota parcial, destacando pontos importantes que ficaram de fora, como a definição do espanhol como disciplina obrigatória.