Justiça revoga tornozeleira de Ponticelli e acirra disputa política em Tubarão

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A 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) decidiu, por unanimidade, revogar a medida cautelar de monitoramento eletrônico do ex-prefeito Joares Carlos Ponticelli (Progressistas) nesta quinta-feira, 12 de setembro de 2024. A decisão foi tomada, por unanimidade, pelos desembargadores Luiz Cesar Schweitzer, Antônio Zoldan da Veiga e acompanhada pela relatora, desembargadora Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer. Apesar da revogação da tornozeleira, outras medidas cautelares permanecem em vigor.

Ponticelli volta a ter liberdade de ação política

Joares Ponticelli, ex-prefeito de Tubarão, foi liberado do monitoramento eletrônico, o que impulsiona sua candidatura a vereador nas eleições de outubro. A decisão pode alterar o cenário político local, que já está acirrado com as recentes mudanças e renúncias no cenário político de Tubarão.

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  • A revogação da tornozeleira pode dar um novo impulso à campanha de Ponticelli.
  • A retirada do monitoramento eletrônico destaca uma nova fase em sua trajetória política.

Contexto da renúncia e implicações para Ponticelli

Ponticelli renunciou ao cargo de prefeito em julho de 2023, após passar cinco meses em prisão preventiva devido a acusações de corrupção na Operação Mensageiro. Com a renúncia, o caso foi transferido para a primeira instância e Ponticelli perdeu o direito de ser julgado pelo TJSC. A candidatura a vereador se tornou um ponto crucial para sua reabilitação política.

  • Ponticelli foi acusado na Operação Mensageiro e passou a ser julgado pela 1a instância.
  • A candidatura a vereador é uma oportunidade para Ponticelli, agora sem a tornozeleira.

Impactos políticos e alianças em Tubarão

A eleição de Jairo Cascaes (PSD) como prefeito e a proximidade com o PL de Estener Soratto sinalizam uma mudança no equilíbrio político de Tubarão. Além disso, o Progressistas indica Dr. Jean Abreu Machado como vice na chapa de Carlos Stüpp, que busca sua terceira eleição como prefeito.

  • Jairo Cascaes foi eleito prefeito após as renúncias de Ponticelli e Tokarski.
  • O Progressistas fecha, pela quarta vez, em Tubarão, aliança com o PSDB para fortalecer sua presença política.

Lista de prefeitos investigados e condenados

O ex-prefeito Marlon Neuber, do PL, ex-prefeito de Itapoá, foi condenado a 18 anos de prisão, ainda em 2023, mas já está em regime semi-aberto. Marlon teve que devolver 1,6 milhão aos cofres públicos. Em Pescaria Brava, Deyvisonn da Silva de Souza, do MDB, foi condenado, recentemente, a pena de 64 anos de prisão.

MBD – seis prefeitos investigados com um condenado

  • Clézio Fortunato (MDB), prefeito de São João do Itaperiú;
  • Armindo Sesar Tassi (MDB), ex-prefeito de Massaranduba, renunciou ao cargo;
  • Luiz Carlos Tamanini (MDB), ex-prefeito de Corupá, renunciou ao cargo;
  • Adriano Poffo (MDB), prefeito de Ibirama, foi afastado do cargo;
  • Felipe Voigt (MDB), ex-prefeito de Schroeder, renunciou ao cargo;
  • Deyvisonn da Silva de Souza (MDB), ex-prefeito de Pescaria Brava, condenado a mais de 60 anos de prisão;

    Foto: Reprodução das mídias – Divulgação: Notisul Digital

Progressistas – cinco prefeitos investigados

  • Luis Gustavo Cancellier (PP), prefeito de Urussanga;
  • Luis Antônio Chiodini (PP), ex-prefeito de Guaramirim, renunciou ao cargo;
  • Joares Ponticelli (PP), ex-prefeito de Tubarão, renunciou ao cargo;
  • Antônio Rodrigues (PP), ex-prefeito de Balneário Barra do Sul, perdeu o mandato;
  • Luiz Henrique Saliba (PP), ex-prefeito de Papanduva, renunciou ao cargo.

PL – três prefeitos investigados com um condenado

  • Ari Alves Wolinger (PL), ex-prefeito de Ponte Alta do Norte, renunciou ao cargo;
  • Douglas Elias da Costa (PL), ex-prefeito de Barra Velha, teve o mandato suspenso;
  • Marlon Neuber (PL), ex-prefeito de Itapoá, renunciou ao cargo;

PSD – três prefeitos investigados

  • Beto Passos (PSD), ex-prefeito de Canoinhas, renunciou ao cargo;
  • Luiz Shimoguiri (PSD), ex-prefeito de Três Barras, renunciou ao cargo;
  • Antônio Ceron (PSD), prefeito de Lages, voltou ao cargo de prefeito;

Podemos, Patriota e Republicanos – um prefeito investigado cada

  • Alfredo Cezar Dreher (Podemos), ex-prefeito de Bela Vista do Toldo, teve o mandato extinto;
  • Adilson Lisczkovski (Patriota), ex-prefeito de Major Vieira, perdeu o mandato;
  • Patrick Corrêa (Republicanos), prefeito de Imaruí, que voltou ao cargo após 300 dias de afastamento;

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Sem partido – dois prefeitos investigados

  • Adelmo Alberti, ex-prefeito de Bela Vista do Toldo, renunciou ao cargo;
  • Vicente Correa Costa, ex-prefeito de Capivari de Baixo, renunciou ao cargo.

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