Julho Amarelo alerta sobre prevenção e controle das hepatites virais

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Julho Amarelo é o mês de conscientização e reforço das ações de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais. A hepatite é uma doença que afeta o fígado e compromete suas funções. Os tipos mais comuns são causados pelos vírus A, B e C, e, muitas vezes, as infecções são silenciosas ou assintomáticas. Estima-se que 520 mil pessoas tenham hepatite C no Brasil sem diagnóstico e tratamento, e quase 1 milhão tenham hepatite B, com apenas 300 mil casos diagnosticados.

Aumento de casos em várias cidades brasileiras

Apesar de ser uma infecção prevenível, surtos da doença ainda ocorrem. No ano passado, São Paulo (SP), Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC) registraram um crescimento no número de casos. Em 2024, Curitiba (PR) enfrenta um surto de hepatite A, com 228 casos e 5 mortes confirmadas desde o início do ano.

  • São Paulo, Porto Alegre e Florianópolis registraram aumento de casos em 2023
  • Curitiba enfrenta surto de hepatite A em 2024
  • 228 casos e 5 mortes confirmadas em Curitiba

Formas de transmissão e sintomas das hepatites

As hepatites virais são transmitidas de várias formas, incluindo ingestão de alimentos ou água contaminada, contato com secreções infectadas ou práticas sexuais sem proteção. Nos casos de hepatite B e C, a transmissão pode ocorrer da mãe para o filho durante a gestação. Sintomas comuns incluem cansaço, febre, mal-estar, tonturas, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

A infectologista do Hospital Vita, Dra. Marta Fragoso, destaca a importância de conhecer os sintomas e modos de transmissão para prevenir a doença.

Prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais

A principal forma de prevenção é a vacinação, que protege contra os tipos A, B e D. A vacina pentavalente, aplicada logo após o nascimento, protege contra hepatite B, difteria, tétano, coqueluche e influenza tipo B. Para hepatite A, a vacina deve ser aplicada entre 12 e 23 meses de vida. Saneamento básico, higiene das mãos e alimentos, e práticas sexuais seguras também são formas eficazes de prevenção.

  • Vacinação contra hepatite A, B e D
  • Saneamento básico adequado
  • Higiene das mãos e dos alimentos
  • Práticas sexuais seguras

O diagnóstico das hepatites é feito por exames de sangue que detectam anticorpos até seis meses após a contaminação. A detecção precoce possibilita um tratamento mais eficaz, reduzindo as chances de complicações.

Tratamento das hepatites e avanços na detecção

A taxa de cura das hepatites pode chegar a 95%, especialmente se detectada precocemente. A Mobius, empresa especializada em diagnósticos moleculares, oferece testes rápidos para detecção de hepatite B e C, auxiliando na escolha do tratamento adequado.

  • Taxa de cura de até 95% com diagnóstico precoce
  • Testes moleculares rápidos para hepatite B e C
  • Identificação de mutações e resistência a medicamentos

O tratamento varia conforme a condição do paciente. A hepatite A não possui tratamento específico além do alívio dos sintomas. A hepatite B pode ser tratada com antivirais, especialmente na fase crônica. A hepatite C é tratada com antivirais de ação direta, evitando medicamentos que sobrecarregam o fígado.