A Argentina inicia, nesta terça-feira (11), o julgamento de sete profissionais da saúde acusados de serem responsáveis pela morte de Diego Maradona. O ex-jogador faleceu em novembro de 2020, aos 60 anos, vítima de uma parada cardiorrespiratória. A Justiça argentina investiga a conduta dos médicos e enfermeiros que cuidavam do craque, apontando negligência grave.
Equipe médica responde por homicídio simples com dolo eventual
A Justiça da província de Buenos Aires indiciou sete profissionais pelo crime de homicídio simples com dolo eventual, que ocorre quando o acusado assume o risco de matar, mesmo sem intencionar diretamente o crime. As penas variam entre 8 e 25 anos de prisão.
Falhas graves na assistência ao ex-jogador
De acordo com a investigação, a morte de Maradona poderia ter sido evitada se ele tivesse recebido tratamento adequado. A acusação aponta que:
- A assistência foi “deficitária, ineficiente e indiferente”;
- Maradona foi tratado em um local inadequado para sua condição;
- A família do ex-jogador foi afastada e omitiu-se informações sobre seu estado de saúde;
- A equipe negligenciou exames e monitoramento cardiológico essenciais.
Defesa alega que Maradona era um paciente difícil
Os acusados negam que tenham sido negligentes. O neurocirurgião de Maradona, afirmou que o ex-jogador rejeitava tratamentos e decidia sobre sua própria saúde. Segundo a defesa, Maradona insistiu em receber cuidados domiciliares, apesar de seu quadro crítico.
O julgamento deve se estender até julho deste ano, com três audiências semanais. Mais de 190 testemunhas foram convocadas para depor. A Justiça busca determinar o grau de responsabilidade de cada profissional no desfecho fatal do maior ídolo do futebol argentino.