Jorginho Mello vai buscar reverter federalização do Porto de Itajaí na Justiça

Foto: Eduardo Valente - Divulgação: Notisul Digital

O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), declarou nesta quinta-feira (19) que recorrerá à Justiça para tentar reverter a federalização do Porto de Itajaí, anunciada na segunda-feira (17). Em entrevista ao Bom Dia SC, da NSC TV, ele destacou que a decisão foi “política” e gerou desgastes para o município, que perderá a gestão da estrutura portuária a partir de 2024.

Porto de Itajaí perde gestão municipal após décadas

O Porto de Itajaí, que era gerido pelo município desde os anos 1990, terá sua administração transferida para uma empresa pública responsável pelo Porto de Santos, em São Paulo.

Segundo o governador, a mudança ocorreu sem negociações adequadas entre os governos estadual e federal, causando insatisfação:

  • Perda da autoridade portuária para o município de Itajaí
  • Criação de crises políticas e desgastes locais
  • Transferência confirmada para 31 de dezembro

A federalização foi defendida pelo Ministério dos Portos e Aeroportos, que alegou ter tomado a decisão após debates internos no governo.

Obras e projetos destacados pelo governador

Na mesma entrevista, Jorginho Mello apresentou um balanço de 2024 e os principais projetos previstos para o estado:

  • Ampliação de voos internacionais com destinos ao Panamá e Peru
  • Aumento nas cirurgias eletivas realizadas no estado
  • Obras de mobilidade, como o túnel submerso no Rio Itajaí-Açu e melhorias na SC-401 em Florianópolis

Além disso, o governador destacou avanços na infraestrutura rodoviária. Ele afirmou que pretende entregar 80% das estradas estaduais em boas ou ótimas condições.

Reeleição e projeções para 2026

Sobre sua gestão e o desempenho do Partido Liberal (PL) nas últimas eleições municipais, Mello reafirmou sua intenção de disputar a reeleição em 2026. Atualmente, a legenda lidera 30% das prefeituras em Santa Catarina.

O governador destacou a importância de dar continuidade aos projetos em andamento, afirmando que o mandato de um chefe do Executivo deve ser pensado em um ciclo de oito anos.