A Justiça de SC aceitou a denúncia contra o homem acusado de matar a irmã, a dentista Isabel Martins, 34, em Gravatal. O crime ocorreu em 26 de setembro, durante uma discussão por herança na casa da mãe. Isabel, inventariante em um processo familiar de oito anos, levou 40 facadas na frente da mãe. Segundo a polícia, o réu será julgado por motivo torpe e feminicídio.
O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) apresentou a denúncia em outubro, solicitando que o acusado seja julgado em júri popular. O Tribunal de Justiça do estado confirmou a decisão, embora a data do julgamento ainda não tenha sido definida. Isabel foi assassinada na casa da mãe, para onde havia levado um bolo em comemoração ao seu aniversário. O crime ocorreu diante da mãe de ambos, com a dentista sendo surpreendida e atacada logo ao chegar.
Vítima era inventariante de processo familiar
Isabel era responsável pela administração de uma herança familiar em disputa há oito anos. Segundo a denúncia, o crime foi motivado por desavenças contínuas sobre a divisão de bens, incluindo terrenos, veículos e cabeças de gado. O réu teria usado um meio cruel e se aproveitado da surpresa para dificultar a defesa da irmã.
Após o crime, o acusado fugiu para terras da família, sendo capturado 30 horas depois. A denúncia aponta que o crime foi premeditado e movido por disputas anteriores, caracterizando motivo torpe e uso de meios que intensificaram o sofrimento da vítima.