Início Geral Internet foi desligada centenas de vezes em 2019

Internet foi desligada centenas de vezes em 2019

Muita gente já sofre esse tipo de consequência por questões de qualidade de serviço e até infraestrutura de telecomunicações. O Brasil é grande e aqui dentro temos as mais distantes e opostas realidades quando o assunto é acesso à internet. Assim é também em diversos países até mais pobres e com menos investimentos que o Brasil. Mas e se o governo decidisse simplesmente desligar a internet… de todos; do país inteiro? Indignação, revolução?

Só no ano passado, dezenas de milhões de pessoas em todo o mundo passaram exatamente por essa situação que você acabou de imaginar. Segundo relatório do grupo de direitos digitais Access Now, dezenas de governos mundiais “puxaram o cabo da internet” de propósito mais de 200 vezes em 2019.

A Índia foi o país mais afetado pelos cortes. Ainda de acordo com o levantamento feito pela ONG, o país contabiliza o maior número de paralisações em 2019; foram 121 vezes que o país ficou offline. O segundo lugar neste ranking (que ninguém tem qualquer orgulho), a Venezuela registrou o “fechamento” da internet 12 vezes – apenas 10% do que aconteceu na Índia.

O documento informa que pelo menos 14 casos foram registrados de provedores desacelerando significativamente a conexão em vez de simplesmente cortar a conexão; praticamente a mesma coisa. O objetivo normalmente é inibir o uso de conteúdo multimídia – como fotos, vídeos e mensagens de áudio – nas redes sociais. 

Em muitos países, o offline forçado vem como uma espécie de revide a protestos públicos, de acordo com o relatório. “Parece que cada vez mais países estão aprendendo uns com os outros e implementando a opção de desligamentos da internet para silenciar os críticos ou perpetuar outras violações dos direitos humanos sem supervisão”, disse Access Now à BBC.

Em abril de 2019, a Polícia Britânica de Transportes desligou o Wi-Fi na rede de metrô de Londres durante um protesto de ativistas da mudança climática.

Veja outros números alarmantes relevados no relatório:

A internet foi desligada durante 65 protestos em vários países ao redor do mundo;

Outros 12 desligamentos ocorreram durante os períodos eleitorais;

Maior interrupção ocorreu no Chade, na África Central, e durou 15 meses.

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