Reforma da Previdência

Na quarta-feira, foi aprovada a famigerada reforma da Previdência. O tema divide opiniões, como quase tudo na vida. Há quem defenda que o contribuinte será prejudicado, uma vez que terá de trabalhar mais e o valor de sua aposentadoria será reduzido. Por outro lado, há aqueles que defendem que sem uma reforma o sistema previdenciário iria quebrar, e todos seriam ainda mais prejudicados.

Sem entrar no mérito desse conflito de opiniões, a verdade é dolorida, mas necessária de ser dita: nenhum governo, de nenhum país do mundo, tem como garantir uma vida digna para todos os seus cidadãos no futuro. O motivo é bastante obvio: a longevidade aumentou significativamente nas últimas décadas, e continua crescendo, contrapondo a natalidade, que tem taxas cada vez mais reduzidas.

Sejamos realistas: se países ricos, com baixíssimos índices de percepção de corrupção, passam por problemas na sustentabilidade de seus sistemas de previdência, tem alguma lógica esperar que um país como o Brasil, com seríssimos problemas de pobreza, informalidade e corrupção, vá garantir uma vida digna aos aposentados atuais e futuros? 

Um educador financeiro a quem muito admiro – chama-se Mauricio Hissa – usa a frase “ou faça você mesmo sua aposentadoria ou cuide muito bem dos seus filhos”. A frase é dolosa mais real. Nenhum sistema de previdência, de nenhum país do mundo, tem como garantir um futuro descente para seus contribuintes. Entenda a previdência, seja antes ou pós reforma, apenas como um extra, que não será suficiente para a manutenção de uma vida minimamente confortável na velhice. É isso que ela sempre foi.

Façamos nos mesmos nossa aposentadoria, poupando boa parte do que ganhamos, investindo com sabedoria e preparando renda passiva para quando não tiver mais condições de trabalhar. Se não consegue poupar, comece a trabalhar mais, ou instrua-se e desenvolva uma habilidade de forma a permitir ganhar mais trabalhando pelo mesmo tempo.

Se é fácil? Claro que não. Exige disciplina e perseverança. Mas é perfeitamente possível, e é inclusive uma conquista já alcançada por várias pessoas. Absurdo é delegar sua velhice a qualquer governo que seja achando que está seguro com isso.

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