Conversar sobre finanças é preciso

Quando o assunto é planejamento financeiro, economia doméstica, otimização de gastos, um grande desafio que as pessoas costumam apontar é a participação da família. É praxe justificativas furadas como “não consigo poupar porque tenho filhos” ou “o problema não ou eu, é meu marido, é minha esposa”.

Para quem enxergou a sua realidade nas frases acima, tenho que ser sincera a dizer: o problema não são os filhos nem o marido, nem a esposa, nem o cachorro… O problema é a falta de diálogo franco nessa casa.

Dialogo. Tem que saber como conversar. A maior parte das pessoas fala em dinheiro em tom de briga, de cobrança. A famosa pergunta “para que você foi gastar com isso?” só preceitua uma troca de farpas entre o casal que só piora as coisas.

E se, ao invés disso, começássemos perguntando sobre os desejos de cada um da casa. Sem ironias, sem estigmas, apenas para tentar entender o que é realmente importante para o outro.
A expressão “corte de gastos” tão comumente usada nos lares, infere sentimento de sacrifício em pró de uma necessidade. Quando trocamos pela ideia de gastar melhor, estamos focando em otimizar o orçamento. Destinar dinheiro para aquilo que realmente é importante, questionar mais as necessidades de comprar isso ou aquilo e em especial, conquistar aos poucos o objetivo traçado pela família.

O tracejo de metas e o planejamento de premiações quando conquistadas, podem motivar todos. Importante, porém, que sejam metas atingíveis, e que as premiações sejam compatíveis com a conquista alcançada.

Mais ou menos assim: saímos das dívidas – premiação; conquistamos 50% da reserva de emergência – premiação. Mas lembre-se: premiações compatíveis com a conquista, para não andar em círculos.    

Não tente fazer seu planejamento sozinho se você não mora sozinho. Se seu orçamento sustenta mais alguém além de você mesmo, recrute seus aliados. A melhor maneira para isso é fazê-los entender o que todos na casa ganharão com isso.