Finanças e o lenhador

Conta-se que, em certa localidade, havia um lenhador muito dedicado. Ele assumia a maior parte os trabalhos que lhe era solicitada, era enérgico no desempenho de cada um, e sem qualquer resquício de preguiça, trabalhava por horas a fio para dar conta do recado. Entretanto estava cada vez mais difícil. O esforçado lenhador vinha diminuindo gradativamente sua produtividade, ainda que esticasse sua jornada de trabalho e executasse tudo com grande afinco.

Sem saber mais o que fazer, procurou um velho sábio da região, e a ele queixou-se:
– Senhor sábio, não sei mais o que está ocorrendo comigo. Sempre fui um grande lenhador, mas ultimamente, mesmo trabalhando muito não estou dando conta do recado. Há poucas semanas, eu cortava uma média de 30 arvores ao dia. Tenho aumentado gradativamente minha jornada, chegando a trabalhar até 12 horas em um só dia, mas não consigo cortar mais que oito ou dez árvores.

Eis que o sábio, com voz baixa e tranquila questionou:
– Quanto tempo por dia você passa afiando o machado?
(…)
Infelizmente, é dessa forma que quase todos encaram sua vida financeira, trabalhando muito, mas gastando na mesma proporção; conservando para eternidade suas preocupações e vulnerabilidades diante de imprevistos; continuando a pagar coisas simplesmente porque sempre o fizeram, sem nunca ter refletido sobre; achando que estão bem financeiramente simplesmente por não ter boletos atrasados; gastando muito sem pensar naquilo que realmente às fazem felizes.

Afiar o machado, consiste apenas em definir um objetivo realmente importante e sentar por alguns minutos a fim de traçar um planejamento para alcança-lo. A definição das metas e estratégias torna exequível o impossível. Quer uma amostra, assista o vídeo disponível em http://bit.ly/aimportanciadoplanejamento .

Mas enquanto sessões de psicologia forem caras, e festas open bar e as ilusões momentâneas de alivio propiciadas, baratas; enquanto foi caríssimo se instruir, mas viável pagar cinco mil em um celular por ser melhor que o dos amigos; sempre realizar um sonho for caro, mas ostentar futilidades fingindo estar feliz, compensar, a vida da grande maioria seguirá, sem progresso financeiro, sem realizações e sem tranquilidade, gerações e mais gerações reclamando dos sistemas previdenciários mas escolhendo sempre depender deles.

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