Páscoa e o bolso

Ovos menores por preços maiores. Quem nunca fez essa reclamação? É uma realidade, em especial na época de alta do dólar, uma vez que cacau é comódite agrícola cotado na bolsa.
Como resultado, grandes empresas fabricantes de chocolate estão enchendo os ovos com um monte de bugiganga para deixar a criança feliz com menos gramas de chocolate.

O preço do ovo custa três vezes mais do que a mesma quantidade de chocolate comprada em barra, somado ao preço a bugiganga (normalmente inútil) que vem dentro.
“Ah, Camila, mas são crianças, o formato do ovo, a embalagem, a surpresa. Tudo isso importa para eles”.
Entendo a argumentação, mas pergunto: quantas vezes seu filho ganhou ovos de chocolate? E mais do que isso, quantos ovos ele normalmente ganha, já que muitas vezes recebe também de padrinhos, tios, avós. etc.. Será mesmo que nossas crianças estão tão interessadas no formato oval do chocolate e na sua embalagem colorida, ou nós, os adultos, que usamos esse argumento porque estamos preguiçosos demais para propor algo mais criativo?

E se ao invés de comprar o ovo de Páscoa, propusermos às nossas crianças uma experiência diferente, tal como uma brincadeira de caça ao tesouro para encontrar uma caixa de doces, uma corrida maluca para encontrar o maior número de bombons possíveis espalhados em uma casa ou, até mesmo, a bagunça na cozinha produzindo os próprios brigadeiros. 

Para nós, adultos, será bem mais trabalhoso que comprar um ovo de Páscoa, mas certamente será mais econômico. E, certamente, será muito mais divertido e inusitado para o seu filho. Dê a uma criança um brinquedo caríssimo e a deixe o dia todo sozinha. Dias depois, pegue um brinquedo qualquer e fique o dia todo com a criança. Pergunte a ela de qual dia ela gostou mais.

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