Supermercados: itens que subiram muito e itens que subiram pouco de preço

Compras de comida, material de higiene e limpeza são imprescindíveis. Disso ninguém discorda. O problema está no fato que o estabelecimento que nos vende tais itens vende milhares de outras coisas, que muitas vezes nos leva a gastar muito mais do que planejamos.

Supermercados são ambientes totalmente projetados para isso. Quanto maiores e mais modernos, mais estimulantes são a nos fazerem comprar além do que consta em nossas listinhas. Se observarmos, os ambientes costumam ter pisos bem lisos (até levemente escorregadios) nos forçando a andar devagar enquanto passamos pelas gôndolas. Marcas mais baratas são colocados nas prateleiras mais baixas, enquanto as mais famosas são colocadas na altura de nossos olhos (caso você nunca tenha percebido, observe a próxima vez que estiver em um supermercado). Itens de consumo básico, como arroz, feijão, farinha, normalmente são colocados nos últimos corredores, fazendo com que, para chegar até eles, necessitamos transitar por várias tentações que parecem saltar diante de nossos olhos em seus cartazes publicitários bonitos. Ao entrarmos no supermercado, normalmente o primeiro corredor que visualizamos estão dispostos itens como produtos de beleza, bazar ou guloseimas. Todos que entram no supermercado olham para esse corredor, quantas pessoas conseguem sair sem comprar nada dele? Sem esquecer das tradicionais prateleiras de revistas e doces ao lado do caixa, esperamos lendo as capas das revistas, eventualmente compramos algumas. Esperamos, olhamos as embalagens de balas e chocolates até a vontade nos fazer comprar.

Não estou criticando os supermercadistas, nem os visionários profissionais de marketing e suas técnicas. Eles empregam, direta e indiretamente, pagam impostos (muitos por sinal), assumem responsabilidades pesadíssimas. Eles apenas usam estratégias inteligentes para vender mais. Cabe a cada um de nós decidir o que vai ou não comprar.

É comum fugir da listinha e levar um doce para casa? Pois então coloque o doce na listinha. Planeje suas compras contando com uma determinada verba para itens que, embora não sejam essências, são importantes de alguma forma para você. Porém, é necessária a definição prévia do valor a ser destinado a isso e à limitação a esse valor. Dessa forma, não nos privamos daquilo que gostamos, mas também não sabotamos nossos planos financeiros.

Para encerrar essa coluna, deixo aos leitores uma informação obtida por uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas, sobre o aumento do preço de alguns produtos do supermercado entre abril de 2018 a março de 2019. Aumentaram significativamente de preços itens como batata (78,83%), couve (21,17%); bacalhau (19,35%) e atum (10,36%). Por outro lado, segundo essa mesma pesquisa, alguns itens tiveram aumentos inferiores à inflação. São eles: sardinha em conserva (2,83%); azeitona em conserva (2,73%) e ovo de galinha (2,08%), azeite (1,13%) e… para a surpresa geral, chocolates (3,64%). Ovos de páscoa não entraram na pesquisa, já que ela foi divulgada no fim do mês passado.

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