Termos economicos das eleicoes

Nessas épocas de eleições, sempre surge alguns termos do “economes” que deixa muita gente “viajando”.

A bola da vez foi o tal “spread bancario”, todo candidato dava um jeito de enfiar o spread no meio do discurso, parece até que acharam bonito o termo.

Se você é melhor do que eu em inglês (o que nem precisa de muito) sabe que Spread significa “amplitude, largura, envergadura”. Spread bancário, nada mais é do que a diferença entre os juros cobrados pelo banco quando ele te empresta dinheiro, e os juros pagos pelo banco quando você empresta a ele. É por conta desse spread enorme que o banco ganha tanto dinheiro.
Candidatos de diferentes visões politicas faziam promessas de reduzir o spread bancário para diminuir o dinheiro dos bancos. Como? Aumentando os impostos, que afinal de contas é só isso que eles sabem fazer.

A questão é: a medida seria útil, ou os bancos passariam o ônus para o cliente?
Infelizmente nenhum dos nobilíssimos senhores (e senhora) encara de frente a realidade: a maior causa desse spread gigantesco é a falta de EDUCAÇÃO FINANCEIRA da população. O brasileiro empresta suas economias ao banco depositando na caderneta de poupança, que paga a merreca de 4,55% ao ano. Ao precisar de crédito, entra no cheque especial pagando mais de 300% ao ano. Porque?? Porque não sabe que há aplicações tao seguras e bem mais rentáveis que a poupança para aplicar dinheiro e há taxas mais baratas que o cheque especial para captar.
Ressaltamos, nenhum dos candidatos nunca mencionou instituir de uma vez por todas a disciplina de educação financeira nas escolas como matéria básica, o que aliás, já deveria ter sido feito há décadas atrás.

Agora eu pergunto: o banco é do mal??  Sempre tem alguém dizendo que sim, mas se alguém, por acaso bater na tua porta e te oferecer 1000 reais por uma penca de bananas, o que você faria? O que ocorre é que nos grandes bancos de varejo, as pessoas fazem filas enormes pra pagar mil pilas por uma penca de banana podre..

No mais, os grandes bancos têm seus títulos negociados em bolsa, ou seja, se acha que seu banco está lucrando demais, porque não virar sócio dele?

Agora voltando aos nobilíssimos senhores que prometeram reduzir drasticamente com o spread bancário, não vamos esquecer que eles também prometeram tributar dividendos de grandes empresas…

Dividendos é a parte do lucro que as empresas de capital aberto distribuem aos acionistas.
Acompanhe o raciocínio: A empresa compra insumos, produz, contrata funcionários, recolhendo imposto sobre tudo isso…  quem paga essa conta? Nós todos, claro, que compramos os produtos dela. Posteriormente a empresa, calcula o quanto de lucro ela obteve… e paga 25% desse lucro de imposto, o que sobra, ela distribui aos acionistas, em forma de dividendos. Ou seja.. não é tributado sobre os dividendos porque eles já são tributados antes da distribuição.

Propostas como essa vem sempre na forma “ tributar dividendos das grandes empresas”. Em primeiro lugar o dividendo é pago pela empresa ao investidor, então não se tributaria a empresa e sim os investidores, que ao contrário do que sugere o discurso, não são meia dúzia de engravatados bilionários. O mercado está cheio de pequenos investidores minoritários. Esses vão ser os prejudicados, porque a meia dúzia de milionários que controlam das empresas, ensacam a viola e vão empreender em outro país, já que países desenvolvidos estão quebrando a cabeça pra reduzir impostos empresariais, como estímulo ao desenvolvimento.

Pra completar, temos que ter em mente a maldade maior das propostas.. reduzir o spread bancário, significa deixar menos dinheiro pro banco, mas se as pessoas migrarem para e aplicarem seu dinheiro sendo sócio de empresas, também serão tributadas.

Em tempo: não deixe de acompanhar os vídeos postados no facebook e youtube do jornal Notisul toda quarta-feira. Na próxima quarta vou explicar sobre dívida pública, superavit e essa briga de tá paga ou não tá paga.

Para me acompanhar nas redes sociais, facebook ou youtube “juro que da certo”.