A inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), também foi revisada para cima, com a expectativa de que atinja 4,26% em 2024. Embora este valor permaneça dentro do intervalo de tolerância estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional, ele evidencia uma pressão inflacionária persistente que, se não for controlada, poderá prejudicar ainda mais a economia. A manutenção da taxa Selic em 10,5% ao ano reflete essa preocupação, mostrando que o Banco Central permanece vigilante, mas ciente das limitações para cortes mais agressivos.
A situação fiscal do país é igualmente preocupante. Com um déficit primário de R$ 230,54 bilhões em 2023, o segundo pior resultado da história, o Brasil vê sua dívida bruta atingir 76% do PIB. A piora das contas públicas, aliada ao elevado custo da dívida, que alcança R$ 776,3 bilhões em 12 meses, coloca o país em uma posição vulnerável. Essa combinação de baixo crescimento, alta inflação e desequilíbrio fiscal cria um cenário desafiador para o governo, que precisará adotar medidas mais eficazes para equilibrar as contas públicas e estimular o crescimento sustentável.
O Brasil enfrenta, portanto, uma encruzilhada econômica em 2025, com a necessidade urgente de reformas estruturais que possam promover estabilidade fiscal, controlar a inflação e impulsionar o crescimento econômico de forma mais consistente.