Inflação desacelera para 0,64% em março, mas alimentos continuam pesando no bolso

FOTO Notisul

A prévia da inflação oficial no Brasil, medida pelo IPCA-15, registrou alta de 0,64% em março de 2025, desacelerando em relação a fevereiro, que havia apresentado variação de 1,23%. Apesar da desaceleração, o índice acumula alta de 5,26% nos últimos 12 meses, ultrapassando o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%. Os principais responsáveis por essa inflação foram os aumentos nos preços dos ovos de galinha (19,44%), tomate (12,57%) e café moído (8,53%).

Alimentos lideram alta de preços

O grupo Alimentação e Bebidas registrou a maior variação em março, com alta de 1,09%. Dentro desse grupo, destacam-se os seguintes aumentos:

  • Ovos de galinha: 19,44%​

  • Tomate: 12,57%​

  • Café moído: 8,53%

  • Frutas: 1,96%

Esses produtos são amplamente consumidos pelas famílias brasileiras, o que intensifica o impacto no orçamento doméstico.

Reprodução Notisul

Transporte também pesa no índice

O setor de Transportes apresentou variação de 0,92% em março. Todos os combustíveis registraram aumento de preços:

  • Óleo diesel: 2,77%

  • Etanol: 2,17%

  • Gasolina: 1,83%

  • Gás veicular: 0,08%

A gasolina, em particular, foi o subitem de maior impacto no mês, refletindo diretamente nos custos de transporte para a população.

Comparativo com meses anteriores

Embora a taxa de 0,64% em março represente uma desaceleração em relação a fevereiro (1,23%), ela ainda é a mais alta para um mês de março desde 2023, quando o índice foi de 0,69%. No acumulado do ano, o IPCA-15 já soma 1,99%, indicando uma tendência preocupante para o controle da inflação ao longo de 2025.