Inflação de 2024 supera a meta e desafia o Banco Central

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A inflação em 2024 ultrapassou a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 3%, com tolerância de até 4,5%. Esse descontrole foi impulsionado por fatores como a alta nos preços dos combustíveis, aumentos nas tarifas de energia elétrica e alimentos, além de condições climáticas adversas. O Banco Central tentou conter a inflação com elevações na taxa Selic, mas os choques de oferta mostraram-se mais desafiadores de controlar apenas com juros.

Fatores que levaram ao aumento da inflação

A inflação foi pressionada por diversos fatores, entre eles:

  • Alta nos preços dos combustíveis devido a condições externas e reoneração de impostos.
  • Reajustes em energia elétrica e alimentos, agravados por eventos climáticos.
  • Custos básicos para as famílias aumentaram, impactando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Estratégia do Banco Central para conter a inflação

Para conter a inflação, o Banco Central elevou a taxa Selic ao longo do ano, tornando o crédito mais caro e buscando reduzir o consumo. No entanto, enfrentou dificuldades com choques de oferta, que impactaram setores específicos e foram menos sensíveis às mudanças na taxa de juros.

Desafios para a política monetária

O Banco Central agora enfrenta o desafio de justificar o estouro da meta e apresentar uma estratégia eficaz para restaurar o equilíbrio. Além disso, uma política fiscal alinhada é necessária para evitar danos à credibilidade da política monetária e garantir resultados mais eficazes.