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Hospital São Camilo: Instituição de saúde pede socorro

Tatiana Stock
Imbituba*

O Hospital São Camilo, de Imbituba, tem o menor índice de mortalidade em cirurgias no estado, cerca de 1%. Único do município, a instituição de média complexidade tem encontrado problemas para continuar em funcionamento. Mesmo com campanhas e apelos publicitários, a população não está ciente das necessidades da entidade.
Segundo a diretora do hospital, irmã Maria Claudete Weber, nos últimos anos o São Camilo recebe verbas e doações de pessoas físicas e jurídicas, mas como não são constantes, em determinados períodos a falta destes recursos reflete diretamente nas finanças da instituição. Na emergência do hospital, a maioria desconhece esta realidade.

Neste fim de semana, quatro das cinco pessoas que aguardavam atendimento no setor, disseram não saber das condições do São Camilo. “O atendimento é bom, não participo da campanha porque não sabia da necessidade”, surpreende-se Vilmar de Souza, de Imaruí. Paralelamente, o aumento de pacientes na emergência preocupa a diretora.
Para ela, isto é reflexo, em partes, da má qualidade dos postos de saúde da cidade. “Nossa emergência hoje acaba por fazer serviços que não são de emergência e poderiam ser resolvidos nos postos. O SUS não cobre a totalidade destes procedimentos eletivos. Por isso a dívida aumenta sempre”, explica irmã Claudete.

* De Imbituba, especial para o Notisul.

Campanha na conta de luz é feita

Recentemente o Hospital São Camilo lançou uma campanha de doação através da conta de energia. De acordo com a diretora da instituição, irmã Maria Claudete Weber, a arrecadação estabilizou pela falta de conscientização da população. “Pensávamos que com as contribuições chegaríamos a conseguir em torno de R$ 40 mil a R$ 50 mil por mês, mas o montante não passa de R$ 7 mil por mês”, lamenta Adilson Silvestre, uma das pessoas que presta serviço em prol de soluções para equacionar as contas e manter o hospital aberto.

Daí o apelo da diretora para que a população engaje-se na luta e contribua com a instituição, como faz a imbitubense Ângela Maria Matias Onorato. “Acho importante ajudar porque sempre que preciso, utilizo o hospital e sou muito bem atendida. Fiz uma cirurgia no meu tornozelo esquerdo há 15 dias e não tenho do que reclamar”, conscientiza.

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