Governo Trump paga US$ 6 mi para enviar venezuelanos a prisões de Bukele

Foto: Reprodução das mídias - Divulgação: Notisul

O governo Trump confirmou nesta segunda-feira (17) que pagou US$ 6 milhões ao governo de El Salvador para deportar venezuelanos para prisões de segurança máxima do país. A medida, que gerou controvérsias, foi tomada apesar de uma decisão judicial que proibia a deportação de mais de 200 venezuelanos, violando um bloqueio judicial.

Deportação de venezuelanos para El Salvador

A deportação foi realizada no fim de semana, com a chegada de mais de 200 venezuelanos a El Salvador. Eles foram levados para a prisão CECOT, conhecida por ser de segurança máxima, em um acordo entre os governos de Donald Trump e Nayib Bukele. Os deportados incluíam membros da gangue venezuelana Tren de Aragua e da MS-13, duas das organizações criminosas mais perigosas da América Latina.

  • Mais de 200 deportados: Entre os deportados estavam 238 membros da gangue Tren de Aragua e 23 da MS-13.
  • Pagamento de US$ 6 milhões: O valor foi confirmado pela Casa Branca para custear a deportação.
  • Prisões de segurança máxima: Os deportados foram levados para o presídio CECOT, com a expectativa de enfrentarem duras condições.

O uso da “Lei de Inimigos Estrangeiros”

Trump invocou a “Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798” para justificar a deportação em massa, uma lei histórica que permite ações contra estrangeiros que possam ser vistos como inimigos. Apesar de um juiz federal bloquear temporariamente a aplicação da lei, o governo Trump desafiou a decisão e seguiu com o processo, destacando a gravidade da situação com as gangues venezuelanas.

  • Decisão judicial contestada: A Justiça dos EUA proibiu a deportação, mas Trump manteve o plano.
  • Lei de 1798: A legislação já foi usada em momentos históricos, como durante as Guerras Mundiais, para justificar ações contra minorias.

Reações e críticas à deportação

A medida não passou sem críticas. Organizações de direitos civis e figuras políticas, como os democratas, reagiram contra o uso da lei para deportação em massa. Além disso, o governo de Nicolás Maduro, da Venezuela, expressou repúdio, alegando violação dos direitos dos migrantes.

  • Rejeição internacional: O governo venezuelano chamou a medida de “violação dos direitos humanos”.
  • Críticas internas: Líderes democratas e defensores dos direitos civis consideraram o uso da lei uma forma de perseguição contra imigrantes