Willy Zumblick faria 95 anos hoje

Tatiana Dornelles
Tubarão

Além da saudade, o artista tubaronense Willy Zumblick deixou como herança à população catarinense, brasileira e (por que não?) mundial mais de cinco mil obras, entre telas, desenhos, caricaturas e esculturas. Seu trabalho, que já faz parte de muitos materiais didáticos da disciplina de arte, deverá ainda constar em muitos livros sobre a história da arte, principalmente a brasileira.

O consagrado artista hoje completaria 95 anos se não tivesse deixado este mundo no último dia 3 de abril. Entretanto, nada mais sensato (e seria uma demonstração de carinho!) do que parabenizar todos aqueles que tiveram Willy ao seu lado, seja no ambiente familiar, no trabalho ou entre as tintas e pincéis, que por tanto tempo foram materiais para a sua criação…

A cidade tubaronense também está de parabéns, por ter acolhido Willy e por ter sido ‘palco’ e inspiração para tantas obras realizadas pelas mãos de seu criador.
Nascido em Tubarão em 26 de setembro de 1913, foi criado na Cidade Azul. Ainda adolescente, Willy começou a demonstrar o talento através de desenhos e pinturas feitos na escola, sem saber (ainda) que viria a se tornar o imortal e consagrado artista.

Suas primeiras manifestações artísticas foram os desenhos de cartazes de filmes de cinema que faziam sucesso. Aos poucos, sem mestres para ensinar sobre arte, começa a mostrar o seu talento em telas que representavam cenas do cotidiano, paisagens, peculiaridades da natureza e aspectos das tradições, da cultura, da história e dos tipos populares catarinenses. Willy está imortalizado em suas mais de cinco mil obras, muitas delas expostas no museu que leva o seu nome, no coração da sua terra natal.

Mais sobre Willy
O artista casou-se com Célia Sá em 1937, com quem teve cinco filhos e viveu por 60 anos. Em 1939, realizou a primeira exposição individual, no Café de Francisco Zaneta, em Tubarão. Em junho, fez uma exposição em Florianópolis.
Apesar de gostar de expressar seus sentimentos e a criatividade através da pintura, a profissão principal sempre foi a de relojoeiro e ótico.