Volta às aulas: Pais priorizam atendimento, não o preço

Andréa Raupp Alves
Tubarão

Foi dada a largada para as compras de materiais escolares. A recomendação é que os pais façam pesquisas de preços antes de abrirem a carteira. Porém, não é bem isso que ocorre. Em uma breve pesquisa feita pelo Notisul em uma papelaria da cidade, todos os pais responderam que levam em conta o atendimento e não o preço do produto.

“Normalmente, eu pesquiso o preço, mas desta vez decidi comprar em um único local, onde posso encontrar tudo o que preciso”, explica a assistente administrativa Soraia Martins. Ela tem três filhos em idade escolar e prevê um gasto de R$ 300,00, sem adicionar os livros. Nem metade do que a dona de casa Cleide Medeiros Matias acredita que gastará com os materiais dos dois filhos: R$ 1,2 mil.

A proprietária da papelaria Marielle, de Tubarão, Marielle Della Giustina, afirma que existe diferença nas listas de materiais da escola pública para a particular. “A privada exige mais livros, enquanto que a pública oferece os livros aos alunos”, compara. Os preços das listas variam conforme as séries escolares em questão. “A lista mais barata é de R$ 41,00”, acrescenta.

Pesquisa de preço
A presidenta da Associação das Donas de Casa, Consumidores e Cidadania (Adocon) de Tubarão, Reneuza Borba, alerta os pais para que pesquisem os preços antes de comprar os materiais escolares. “Não só o preço, mas também a qualidade do produto e o atendimento da loja”, aconselha.

A pesquisa, explica Reneuza, ajuda no orçamento doméstico, pois dá uma noção de quanto será gasto e como isso será pago. “O melhor é pagar à vista”, ensina.
Outra dica da presidenta é quanto aos livros didáticos. Se não houver necessidade de novos, não há porque gastar.

Reneuza lembra ainda que a escola não pode solicitar na lista de materiais produtos de uso coletivo e limpeza, tampouco exigir marcas ou locais de compra específicas. “Esta é uma escolha do consumidor”, avisa.