Viadutos da 101: Municípios terão que arcar com iluminação

Carolina Carradore
Imbituba

É regra! Todos os municípios que cortam a BR-101 terão que arcar com os custos da iluminação pública dos viadutos. A decisão, repasse por meio de ofício pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), não agradou alguns prefeitos da região, pois, de Garopaba a Sangão são 14 viadutos cujas taxas de iluminação sairão do ‘bolso’ dos seis municípios.

Em Imbituba, a notícia não foi vista com bons olhos pelo prefeito Beto Martins (PSDB). “Não vou pagar sozinho a conta dos outros. Isso é responsabilidade da União”, argumenta. Ele estuda a possibilidade de realizar uma parceria com proprietários de lojas e empresas às margens da rodovia, já que cidade terá nove viadutos no total e o custo estimado com a energia elétrica chegará a R$ 15 mil por mês.

O presidente da Comissão Especial para assuntos da BR-101, vereador Elísio Sgrott (PP), de Imbituba, sugeriu que o município contribua com pelo menos R$ 6 mil. “Para assumirmos essa conta, precisamos ver até onde é possível o apoio da iniciativa privada, pois a iluminação destes trevos é extremamente necessária para a segurança de motoristas e pedestres”, justifica.
O superintendente regional do Dnit em Santa Catarina, João José dos Santos, garante: o departamento não banca a iluminação de nenhuma rodovia em todo o estado.

Outros municípios

Arcar com a energia elétrica dos viadutos da BR-101 não será empecilho para o prefeito de Laguna, Célio Antônio (PT). O município já banca a manutenção de iluminação pública dos dois trevos de acesso à cidade. “Vamos ser beneficiados com pelo menos R$ 20 milhões em impostos (arrecadados por conta da duplicação). Então, não haverá problemas em termos esta despesa, pois o benefício será ainda maior à cidade”, explica Célio.

Em Capivari de Baixo, a cidade terá que arcar com a iluminação pública de dois viadutos. O prefeito, Luiz Carlos Brunel Alves (PMDB), desconhecia o fato até ontem e afirmou que, a exemplo de Imbituba, tentará buscar parcerias com a iniciativa privada. “Não temos que arcar com esse custo sozinhos”, analisa.