Varíola do macaco: segundo caso suspeito é confirmado em Santa Catarina

#ParaTodosVerem Na foto, uma pessoa com máscara facial segura um frasco com material orgânico coletado para a realização do exame da varíola do macaco
O Brasil não possui, até o momento, nenhum caso confirmado da doença. Em nota divulgada nesta segunda-feira (6), o Ministério da Saúde informou que sete casos estão em investigação - Foto ilustrativa | Divulgação

Um segundo caso suspeito de varíola do macaco foi notificado para a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) Secretaria de Estado da Saúde (SES). Trata-se de um homem de 28 anos, residente em Blumenau, no Vale do Itajaí, que iniciou os sintomas em 30 de maio. Ele tem lesões de pele em diferentes áreas do corpo, febre e aumento de gânglios linfáticos. O paciente vem apresentando melhora geral do quadro de saúde, mas deverá manter-se em isolamento domiciliar até o completo desaparecimento das lesões, conforme descrito no protocolo do Ministério da Saúde. O caso foi notificado no último domingo (5) ao Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Santa Catarina (CIEVS/SC) pela Secretaria de Saúde da Prefeitura de Blumenau, e segue em monitoramento pela vigilância epidemiológica local.

Amostras clínicas foram coletadas e encaminhadas para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) para realização de diagnóstico diferencial para outras doenças, além da realização de diagnóstico laboratorial para varicela (catapora) e varíola do macaco, que deverá ser realizada pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL), em São Paulo. O primeiro caso suspeito continua com a investigação em andamento. Trata-se de uma mulher de 27 anos, residente em Dionísio Cerqueira, no Oeste de Santa Catarina, que iniciou os sintomas em 24 de maio. Ele apresenta lesões de pele por todo o corpo, dificuldade de engolir alimentos e líquidos, dores musculares, diminuição da força física, febre e aumento dos gânglios linfáticos. No momento, a paciente aguarda resultados de exames laboratoriais para outras doenças que estão sendo realizadas pelo IAL/ SP, e segue sendo monitorada pela vigilância municipal. 

Sintomas
Os sintomas da varíola dos macacos podem ser leves ou graves, e as lesões na pele podem ser dolorosas e provocar coceira. Se desenvolvem primeiramente no rosto e depois se espalham para outras partes do corpo, incluindo os genitais. As feridas parecem as da catapora ou da sífilis e formam uma crosta, que depois cai. Os casos mais leves podem passar despercebidos, mas representar um risco de transmissão de pessoa para pessoa alto.

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dores musculares
  • Dores nas costas
  • Gânglios inchados
  • Calafrios
  • Exaustão
  • Lesões na pele

Transmissão
A Varíola dos macacos é altamente transmissível. A fonte de infecção nos casos relatados recentemente no mundo ainda não foi confirmada pela organização Mundial da Saúde (OMS). No geral, a varíola dos macacos pode ser transmitida pelo contato com gotículas exaladas por alguém infectado (humano ou animal), pelo contato com as lesões na pele causadas pela doença ou pelo contato com materiais contaminados, como roupas e lençóis. O período de incubação da varíola dos macacos é geralmente de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 dias. Por isso pessoas infectadas precisam ficar isoladas e em observação por, pelo menos, 21 dias.

Até agora, o vírus não foi descrito como uma doença sexualmente transmissível, mas pode ser passado durante a relação sexual pela proximidade entre as pessoas envolvidas. O contato com animais infectados, como macacos, ratos, cachorros e esquilos, também podem transmitir o vírus. Até o momento, a maioria das infecções acompanhadas pela OMS são leves. Mas a doença pode ganhar formas mais severas e, inclusive, levar à morte, especialmente em crianças pequenas, mulheres grávidas e pessoas com sistema imune frágil.

Fonte: Diretoria de Vigilância Epidemiológica
Edição: Zahyra Mattar | Notisul

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