Uma arma importante na prevenção ao câncer

A ginecologista e obstetra Graziela alerta para os perigos provocados pelo silencioso vírus do HPV. “A prevenção é a chave”, orienta.
A ginecologista e obstetra Graziela alerta para os perigos provocados pelo silencioso vírus do HPV. “A prevenção é a chave”, orienta.

Tubarão

O HPV é alvo de preocupação na comunidade médica. O vírus é um inimigo silencioso, de difícil diagnóstico. Estudos mais recentes e alarmantes indicaram que metade dos homens é portadora do HPV. Considera-se uma média variável, de 20% a 50%, das mulheres que, atualmente, são portadoras do vírus em todo o mundo.

A transmissão do vírus ocorre por meio de microcortes, durante o ato sexual, ou pela pele, no simples contato com a região infectada. “Por essa razão, somente o uso do preservativo não previne a transmissão. Isso porque o HPV não se instala apenas internamente. Pode estar na virilha, nas coxas ou na região perineal”, alerta a ginecologista e obstetra Graziela Gonçalves Porto, da clínica Pró-Vida, em Tubarão.
Existem mais de 200 subtipos diferentes de HPV. A vacina foi desenvolvida principalmente para adolescentes que ainda não iniciaram a vida sexual e é indicada para a faixa etária dos 9 aos 26 anos. Os subtipos 6 e 11 causam verrugas genitais em homens e mulheres.

Já os subtipos 16 e 18 são considerados de alto risco, pois podem provocar câncer de colo de útero, doença que, por ano, mata cerca de 4,8 mil mulheres no país. Deste total de vítimas, mais de 90% foram infectadas, antes, pelo HPV.
A vacina é disponibilizada em dois tipos. A quadrivalente oferece proteção contra os subtipos 6, 11, 16 e 18. Já a bivalente protege contra os tipos mais graves (16 e 18). A Pró-Vida disponibiliza ambas. Para os homens, a vacina contra o HPV também é recomendada, por conta do risco de desenvolver o câncer peniano.

Preventivo
Em boa parte das vezes, as lesões provocadas pelo HPV são invisíveis a olho nu. Por essa razão, é importante que a mulher realize o preventivo (papanicolau) anualmente. Quanto as chamadas lesões precursoras são detectadas e tratadas a tempo, a paciente não necessitará de algo mais invasivo, como cirurgia ou radioterapia.
O câncer de colo de útero é o segundo mais frequente nas mulheres, superado apenas pelo de mama. É a quarta causa de mortes em mulheres por câncer no país. Mulheres diagnosticadas precocemente, se tratadas de forma adequada, têm praticamente 100% de chance de cura.

Serviço
Para mais informações sobre a vacina contra o HPV, pode-se contatar a central de vacinas da Pró-Vida, pelo telefone 3631-1532.