Tubarão: Caso Carol Seidler Calegari deverá ser contado em livro

A principal suspeita pela morte da menina é a sua mãe, Silvana Calegari, de 49 anos, que desapareceu logo depois do crime e nunca mais foi localizada. Ela está na lista de procurados na Interpol
A principal suspeita pela morte da menina é a sua mãe, Silvana Calegari, de 49 anos, que desapareceu logo depois do crime e nunca mais foi localizada. Ela está na lista de procurados na Interpol

Há seis anos moradores de Tubarão e região foram surpreendidos com a morte brutal de uma criança de 7 anos. Carol Seidler Calegari, foi morta por asfixia e encontrada dentro de uma caixa, em um dos quartos da casa onde morava com a sua mãe, Silvana Seidler, 54 anos, principal suspeita do homicídio.

Na época, acreditando em um desaparecimento da menina, o pai de Carol, Gilson Botega Calegari (ele não estava mais casado com a mãe da criança), um tio, dois amigos e Silvana registram um Boletim de Ocorrência (B.O), por volta das 21h40. Após o registro, a mãe da criança sumiu e não retornou ao local. Naquela noite, os agentes de polícia foram à residência de Silvana e procuraram a menina por todos os cômodos e a criança foi encontrada em uma caixa de papelão com sinal de esganadura por asfixia.

O delegado da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Tubarão, Rubem Teston, foi responsável pelo caso na época. Procurado nesta terça-feira (22), pelo Notisul, ele conta que diante dos indícios ainda na noite de 22 de dezembro de 2014, foi representada a prisão temporária de Silvana. “O pedido foi deferido de pronto emprego pelo poder judiciário, após parecer favorável do Ministério Público e seguimos com a investigação. Finalizamos o inquérito da autoria do crime. Não temos dúvida de quem e como foi praticado o crime. Já a investigação quanto ao paradeiro dessa mãe continuou. As investigações não pararam”, pontua.

Silvana está na lista de procurados da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). Aqueles que puderem colaborar com informações da mãe da menina podem entrar em contato por meio do telefone 181 ou pelo WhatsApp (48) 98844-0011. “O sentimento que fica até hoje, não só para os delegados que trabalharam antes de mim e da minha equipe, mas para aqueles que trabalharam depois, os promotores e a própria imprensa que divulgou bastante o caso, é de esperança que se ela estiver ainda no plano terreno que possamos um dia localizá-la e trazê-la, para que possa responder de acordo com a legislação pelos atos que cometeu”, observa.

Contratada pelo Notisul naquele período, a jornalista Silvana Lucas acompanhou o caso e trouxe inúmeras matérias sobre o ocorrido. Depois de seis anos, a profissional de comunicação conta que o seu objetivo é escrever um livro sobre o caso Carol Seidler Calegari. “ Será um livro reportagem e de uma forma literária vou contar esse fato tão marcante em Tubarão. A menina foi assassinada pela mãe. Lembro que estava na editoria de geral do jornal e no início da noite começou a circular pelo facebook o desaparecimento da Carol. A notícia mexeu com muitos. O WhatsApp não era um meio tão utilizado na época”, lembra.

Além da criança que tinha desaparecido, logo em seguida veio a história da mãe que também não era encontrada e posteriormente, foi divulgado que o corpo da Carol foi encontrado. “A história mexeu muito comigo. A minha filha tinha acabado de fazer 4 anos e a mãe da Carol também se chama Silvana. O Rodrigo Speck, que escreveu algumas matérias inicialmente pelo Notisul e depois continuei escrevendo. Acompanhei tudo que saia sobre o caso na TV, jornais e rádios. Foi o meu primeiro grande desafio na editoria de segurança do Jornal Notisul. O meu livro vai contar essa história. O fato ficou marcado na história do município e mexeu com todos”, finaliza a jornalista.