Transplante de rim: Adolescente reage bem

Amanda Menger
Grão-Pará

A história da adolescente Silvana de Lima Antunes, 16 anos, de Grão-Pará, mostra o quanto os catarinenses são solidários. A jovem ficou na fila de espera de um transplante de rim por mais de um ano e meio. No dia 5, a angústia chegou ao fim. A família de um jovem que morreu em um acidente resolveu doar o órgão. A partir disso, uma rede de solidariedade foi montada.

A notícia que o transplante poderia ser feito foi repassada pela SC Transplantes à secretaria de saúde da prefeitura de Grão-Pará, que, por sua vez, ligou para a escola Dr. Miguel de Patta, onde Silvana estuda. No dia, a menina estava com os colegas em um passeio no Beto Carrero World, em Penha. Só na quarta ligação para o celular da jovem é que o diretor Dorvalino Dacorégio conseguiu falar com ela.

“Foi bem emocionante. Quando eu contei que ela ia receber o órgão, Silvana nem conseguiu falar, só disse que ia passar o celular para a professora. Acompanhamos a história da família há alguns anos. Eles enfrentam muitas dificuldades”, relata Dorvalino. A jovem está na 7ª série e, segundo o diretor, é ótima aluna e já tem notas para ser aprovada este ano.

Silvana foi com o helicóptero Águia da Polícia Militar de Penha até Joinville. O transplante foi realizado após os exames no Hospital São José, por médicos da Fundação Pró-rim. Silvana ainda está internada e recupera-se bem. “Ainda não temos previsão de alta, os médicos disseram que ela está reagindo como era esperado. Ela está bem feliz e nós aliviados”, conta a mãe de Silvana, Genecilda de Lima Antunes. A adolescente tem lupus e sofre com problemas nos rins há dez anos. Há dois, ela passou a fazer diálise.

Segundo a assessoria de imprensa do Beto Carrero, assim que Silvana estiver recuperada, ela e os pais poderão voltar ao parque. Eles ganharão o passaporte, hospedagem e as passagens para poder aproveitar o passeio que foi interrompido – ainda bem!

Você pode ajudar

A família de Silvana Lima Antunes mora há oito anos em Grão-Pará. O pai é agricultor e a mãe, dona de casa. O casal tem outros três filhos e não tem casa. Eles ganharam um lote doado por um morador da cidade e agora precisam de materiais de construção. Uma rifa é organizada pela secretaria de assistência social da prefeitura para ajudá-los. Quem quiser contribuir pode entrar em contato com o diretor da escola, Dorvalino Dacorégio, no telefone 3652-1160.