Trabalhadores conseguem 1,5% de aumento

Movimento das agências bancárias da rede pública foi intenso na tarde de ontem
Movimento das agências bancárias da rede pública foi intenso na tarde de ontem

 

Zahyra Mattar
Tubarão
 
Como já era esperado, os bancários associados ao Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Tubarão e Região (SEEBTR) aprovaram o retorno ao trabalho, em assembleia realizada na manhã de ontem. Na Grande Tubarão, a paralisação foi sólida e durou 18 dias.
 
A proposta que chegou ao consenso e evitou a continuidade do movimento grevista foi apresentada na última sexta-feira, pela Federação Nacional de Bancos (Fenaban) – veja como ficou para cada rede no quadro abaixo.
Para o presidente do SEEBTR, Armando Machado Filho, os índices alcançados foram bons, ainda que estejam além das necessidades da categoria e da possibilidade dos bancos.
 
“É um resultado positivo. Até por que o principal entrave era em relação ao reajuste. Agora, teremos 1,5% de aumento real. A exemplo dos últimos anos, conseguimos, aos poucos, recuperar as perdas”, avalia Armando.
Os dias paralisados não serão descontados, como queriam as instituições financeiras. Algumas, inclusive, chegaram a rodar a folha de pagamento já com os dias descontados. Na proposta aprovada, ficou definido que o período de greve será reposto com horas extras até o dia 15 de dezembro.
 
“Cada banco irá utilizar este tempo como quiser”, explica Armando. Na região, com exceção dos funcionários do Banrisul, todos os trabalhadores de outras agências, públicas e privadas, retornaram às suas funções na tarde de ontem.
“No caso do Banrisul, ainda não foi fechado um acordo. Eles deverão definir o retorno ao trabalho amanhã (hoje) em assembleia”, pontua o presidente do SEEBTR.
 
Índices
♦ Iniciativa privada
9% de aumento salarial e 12% de reajuste do piso (passa de R$ 1.250,00 para R$ 1,4 mil).
 
♦ Banco do Brasil
9% de aumento salarial e 10% de reajuste do piso (passa de R$ 1,6 mil para R$ 1.760,00).
 
♦ Caixa Econômica Federal
9% de aumento salarial e 11,55% de reajuste do piso (passa de R$ 1,6 mil para R$ 1.826,00 mil).