Taxa de lixo: Valor é debatido na câmara de veradores

Wagner da Silva
Braço do Norte

O valor da taxa de lixo pago pelo contribuinte de Braço do Norte é muito superior às tarifas do Imposto Predial e Territorial (IPTU). A constatação foi base para a pauta de discussão da câmara nesta semana. O vereador Salésio Meurer (PSDB) questionou os valores.
Para ele, é um absurdo o município gastar aproximadamente R$ 4 milhões por gestão com coleta de lixo. “A terceirização é a vizinha da corrupção. Na última administração, estivemos em uma cidade que optou pela reciclagem para conhecer o sistema. Nada foi implantado. Enquanto outros municípios avançam nesta questão, nós retrocedemos. Ficamos apenas na intenção de fazer alguma coisa. Isto é inadmissível”, brandou Salésio.

O vereador avalia que se metade deste valor fosse economizado a prefeitura de Braço do Norte teria o suficiente para investir na construção da uma empresa de reciclagem e na compra de um caminhão para a coleta seletiva. “Estarei do lado do prefeito. Temos que achar o local adequado e passar a investir, gerar renda para as famílias do município”, acrescentou. O prefeito Evanísio Uliano (PP), o Vânio, concordou com o vereador. Por outro lado, afirmou que os valores cobrados hoje não serão reduzidos.

Vânio admitiu que o valor é alto, mas informa que a prefeitura arrecada cerca de R$ 40 mil e gasta R$ 100 mil com a coleta, um déficit anual de aproximadamente R$ 600 mil. “Isto nos preocupa. A população reclama do preço que paga e a administração também. Afinal, colocamos no lixo, literalmente, valores que poderiam ser investidos em obras importantes”, avaliou.
Segundo ele, um dos motivos que ocasionou o aumento da taxa foi a baixa do preço dos materiais recicláveis. “Algumas empresas do município começaram a se organizar, mas, com o baixo preço, o material passou a ser jogado no lixo comum e recolhido pela empresa contratada, o que elevou a taxa da prefeitura”, explicou.

Em breve
O prefeito de Braço do Norte, Evanísio Uliano (PP), o Vânio, anunciou que a administração deve sentar com entidades e fazer um efetivo trabalho de conscientização sobre a questão do lixo. “Este trabalho iniciou e parou, infelizmente. Sei que é um trabalho a longo prazo, mas temos que começar, partir para ação. Afinal, o que o município não gaste de um lado, investe no outro”, considera Vânio.