Superbactéria: Estado intensifica a vigilância

No HNSC, o Núcleo de Vigilância Epidemiológica está preparado para qualquer tipo de eventualidade.
No HNSC, o Núcleo de Vigilância Epidemiológica está preparado para qualquer tipo de eventualidade.

Zahyra Mattar
Tubarão

Lembra das medidas de prevenção ao vírus da Gripe A? Lavar as mãos com maior frequência, fazer uso do álcool gel ao longo do dia… Esqueceu? Pois trate de lembrar. Estas medidas também são válidas no combate a proliferação da Klebsiella pneumoniae carbapenemase (KPC), a superbactéria.

Obviamente a infecção é mais propensa em pessoas debilitadas, mas a prevenção fora do círculo hospitalar também auxilia para que a superbactéria não encontre terreno fértil para se manifestar.

Em Tubarão, o Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), já adotou medidas para reforçar a prevenção. Até porque o local recebe pacientes de todo o país, já que é uma instituição credenciada para procedimentos de alta complexidade.

“Estamos seguros, mas é claro que é uma situação que inspira maior vigilância”, considera a infectologista Eletânia Esteves de Almeida, integrante da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do HNSC e consultora pela Clínica e Consultoria em Doenças Infecciosas (CCDI), em Tubarão.

A KPC não é novidade para a medicina. O que chama a atenção é o mecanismo de resistência desenvolvido por ela desta vez. Na verdade, todas as bactérias criam estes mecanismos. Como qualquer organismo tentam sobreviver. “Neste caso, o uso indiscriminado de antibióticos fez com que esta resistência fosse ainda mais acentuada”, explica Eletânia.

Por ora, o Ministério da Saúde confirma casos da KPC no Distrito Federal, São Paulo e Paraná. No DF, 18 mortes ocorreram em menos de duas semanas. Três delas foram confirmadamente motivas pela superbactéria.