Sul de SC: hospitais da região têm movimento intenso de pacientes com suspeita de Covid-19

#Pracegover Foto: na imagem há um homem de barba e com roupa branca
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Hospitais das redes pública e particular e outras unidades de saúde do Sul de Santa Catarina têm registrado um aumento de pacientes com síndrome gripal na busca por atendimento. São pessoas com suspeitas de Covid-19 e influenza. A procura tem ocorrido com frequência após as festas de fim de ano.

O médico Saul Pereira Júnior, chefe do pronto-socorro das unidades de saúde da Unimed, em Criciúma, conta que não foi registrado um aumento de internações em enfermarias ou Unidades de Terapia Intensiva (UTI), no entanto, a procura por atendimento médico foi significativa. “É uma variante que progride muito rápido, transmite rapidamente, porém não há uma gravidade tão grande quanto a Delta. Isso não quer dizer que ela seja inócua. O grande problema é que quando muitas pessoas apresentam os sintomas e a infecção ao mesmo tempo, o sistema de saúde fica sobrecarregado”, expõe.

O profissional de saúde conta  que há quase duas semanas o sistema de saúde público e privado do Sul catarinense estão sobrecarregados. “Temos hospitais operando com superlotação de atendimentos, não de lotação. Há unidades que trabalhavam com 150 atendimentos em 24 horas e atualmente estão atendendo 350 a 400 pessoas nesse período. Isso sobrecarrega as equipes”, pontua.

Ele destaca que a variante Ômicron surgiu no dia 24 de novembro de 2021, na África do Sul. Saul Júnior explica que esta é uma variante que se comporta muito diferente da Delta, por exemplo. “A Ômicron não tem as características típicas da Delta, como perda de olfato e paladar, um quadro gripal em si. Ela se manifesta muito mais pelas dores no corpo, cabeça e garganta, sem perda de olfato e paladar. É uma variante de preocupação pelo fato de transmissibilidade ser muito alta. Foi verificado que ela se transmite muito facilmente entre pessoas que estejam em um mesmo ambiente”, constata.

Conforme o profissional de medicina, a Ômicron vem no mesmo momento em que há o surto de Influenza A. “A nossa vacina, a da gripe, e conhecida como a vacina dos idosos,  trabalha com a Influenza B. O mais importante, o recado que deve ficar, é que a Ômicron transmite muito rapidamente. Se muitas pessoas forem diagnosticadas ao mesmo tempo não teremos condições de atender em nenhum serviço. Também vale lembrar que se muitas pessoas se infectarem ao mesmo tempo, algumas delas poderão ficar mal., principalmente aquelas que possuem comorbidades”, finaliza.

Com a explosão dos casos de Covid-19 e  do vírus da Influenza, registrado nos últimos dias em todo o Estado, os hospitais da região confirmaram o aumento no número de atendimentos. A alta ocorre desde o início da semana. Além dos hospitais e clínicas, as  secretarias municipais emitem alertas informando sobre a alta procura por atendimento e também pedindo para os catarinenses, turistas e moradores do Estado que continuem seguindo os protocolos de saúde.

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