Suinocultura: Produtores, enfim, comemoram alta no preço

Zahyra Mattar
Braço do Norte

O ano passado foi de amargar para os produtores de suínos da região. Além da crise mundial que inibiu as exportações, o setor foi o que mais sentiu os reflexos negativos da gripe A (H1N1), chamada inicialmente de “gripe suína”.

O consumo diminuiu em mais de 20% somente em Santa Catarina. Com isso, o produtor penou e muitos chegaram a pensar em desistir da atividade. O preço do quilo suíno, na região, oscilou entre R$ 2,10 e R$ 1,50. Agora, o setor volta a se animar.
O custo da produção estacionou em aproximadamente R$ 2,10 desde abril deste ano e o quilo do suíno passou de R$ 2,30 para R$ 2,60, o melhor preço pago desde o fim de 2008.

“Este preço está relacionado com a alta dos insumos, como o milho e a soja, e também pelo aumento no consumo. Não é o ideal, mas agora temos, pelo menos, uma margem de lucro viável”, considera o presidente regional da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Adir Engel.

O aumento no consumo também tem um motivo. A carne bovina, preferência do brasileiro, teve aumento de até 20% no mês passado. Com isso, os consumidores partiram para outras alternativas, como o suíno e o frango.

Estado é destaque no país
Santa Catarina reúne, atualmente, 12 mil suinocultores. O Vale de Braço do Norte concentra 45% dos produtores independentes e é responsável por 18% da produção do estado. Além disso, a produção do Vale é considerada uma das melhores do país, tanto pela qualidade da carcaça quanto pelas regras sanitárias, uma das mais rígidas do país.