“Sou a mulher mais feliz do mundo!”

Ao falar dos filhos, da vida, Rosane revela amor e expressa sua emoção  - Foto:Rafael Andrade/Notisul
Ao falar dos filhos, da vida, Rosane revela amor e expressa sua emoção - Foto:Rafael Andrade/Notisul

Rafael Andrade
Tubarão

O quê? O Dia das Mães. Quem? Rosane Silveira Marcolino. Quando? Há 27 anos. Por quê? Para amar. Como? Com a luz da vida. Onde? De Tubarão para Joinville.

Rosane tinha 15 anos e decidiu pelo casamento. Saiu de Tubarão e foi morar na maior cidade de Santa Catarina, Joinville. Aos 18, deu à luz ao seu primeiro filho, Jefferson Marcolino Gonçalves. Um ano depois, veio o segundo, Muriel Marcolino Gonçalves. Aos 23, separou-se, retornou à Cidade Azul e, mesmo sem nunca ter enfrentado o mercado de trabalho, encarou-o, venceu-o. Trouxe consigo seus dois filhos, à época com 5 e 6 anos. "Não tinha bens, não tinha dinheiro, mas era milionária na vida. Trouxe comigo meus tesouros", lembra.

O pai não participou da criação, dos cuidados, não viu os dentes de leite ir embora, muito menos serem jogados ao relento sob os telhados de casa, não sussurrou a oração do Santo Anjo do Senhor, meu zeloso e guardador, não contou histórias, não levou à escola ou ensinou a andar de bicicleta… Quem entra na história, em papel de mãe e de progenitor, é Rosane. Lutou, alcançou objetivos, criou, amou e é amada. Educou no lar, teve ajuda de professores.

Foi em busca da felicidade, achou, está em seus olhos que brilham em cada momento que fala dos filhos.

Mães, que ela mesmo define, sempre estão prontas para bater de frente, tropeçar quantas vezes forem necessárias. Na saúde e na doença, riqueza ou pobreza, em quaisquer que sejam as culturas, suas normas. A maneira é a mesma: de cuidar.

Hoje, Jeferson está com 27 anos, é Dj. Muriel é condutor de empilhadeira em uma tradicional indústria de Tubarão. Os três moram juntos no bairro Santo Antônio de Pádua. Claro, passarão o domingo do Dia das Mães unidos, felizes. "Gostam tanto de mim que ainda não me largaram", brinca Rosane.

"Desejo que meus filhos sigam sempre o caminho certo, estejam nos trilhos de Deus. Nunca deixem de amar a si e ao próximo. Ser mãe é quase que inexplicável. É todo o dia, 24 horas, é sentir o coração de cada um todo momento. É querer o bem constante. É amar de verdade! É lembrar que um dia foi um filho", detalha a mulher, que hoje, aos 46 anos, ainda trabalha duro para ajudar no sustento da casa e não deixa de recordar que, há 27 anos, na Cidade das Flores, após dar à luz para amar, virou mãe, virou pai, fez nascer uma família.

História
Ann Marie Reeves Jarvis, em maio de 1905, na cidade de Grafton, no estado da Virgínia Ocidental, EUA, criou, mesmo que sem querer, uma das datas mais comemoradas da sociedade conteporânea. Com a morte da mãe Anna, diante do sofrimento e da dor que sentiu, decidiu organizar, com a ajuda de outras moças, um dia especial para homenagear todas as mães e para ensinar as crianças a importância da figura materna. Em 1914, o então presidente dos EUA, Woodrow Wilson, propôs que o Dia Nacional das Mães fosse comemorado no segundo domingo de maio.