Solidariedade: Adolescente doa cabelo para fazer perucas a pacientes com câncer

Tubarão

Para muitos se desfazer dos longos cabelos não é uma tarefa das mais fáceis. A estudante Emilly Pacheco Ribeiro, 13 anos, de Tubarão, passou anos usando o cabelo comprido e resolveu cortar as madeixas e doá-las para confecção de perucas. Ao todo foram 28 centímetros de comprimento, mais de dois palmos de cabelo, que irão fazer a diferença para pessoas com câncer.

Com o poder das redes sociais, este tipo de ação tem se espalhado pelo mundo todo, incentivando que outras pessoas tenham a coragem de se desfazer dos fios. Ao contrário do que muitos pensam, não é somente quem recebe que fica feliz. Quem doa também fica satisfeito. “Via crianças com  câncer e não podia ajudar com dinheiro e remédio, mas cortar e doar o meu cabelo. Me coloquei no lugar de quem precisa e resolvi fazer uma boa ação”, expõe a adolescente.

Os cabelos são vistos por muitos como o maior símbolo da vaidade das mulheres. Elas hidratam, pintam, alisam ou cacheiam, sempre em busca dos melhores tratamentos e de estarem de acordo com a moda. Por isso, é bastante comum a confecção de perucas com cabelos de voluntários. Muitas instituições têm aberto suas portas para receber essas doações e não é diferente na Amurel.

A mãe de Emily, Caroline Nunes Pacheco Ribeiro conta que a filha teve a decisão e contou para os pais. “Minha filha é muito amorosa e tem vontade de colaborar com as pessoas que necessitam. A iniciativa em doar para a Rede Feminina foi dela. Ela nos disse que não era promessa. “Mãe vou cortar porque sei que o meu cabelo terá utilidade e vai ajudar uma pessoa com câncer. Assim ela ficará ainda mais bonita’”, lembra Caroline.

No Brasil, diversas ONGs e instituições ligadas a hospitais recebem doações de mechas para fabricar perucas. Em geral, o tamanho mínimo que pode ser doado a fim de dar forma a uma prótese é de dez centímetros, mas as recomendações sobre a extensão e estado do cabelo depende da organização que irá receber e produzir as próteses.

O estado do cabelo também conta e quanto mais natural, melhor. Quem fez alisamentos, tinturas e outras químicas e, ainda assim tem o desejo de doar, não vale desanimar. Algumas ONGs aceitam esse tipo de mecha mesmo que exija um tratamento para que possa ser tecida e, enfim, dar forma às próteses capilares.