Sistema solar de aquecimento de água: Uma boa opção para o bolso

Zahyra Mattar
Tubarão

As tarifas residenciais de energia elétrica no Brasil estão entre as mais elevadas do mundo. Chegam a custar cerca de 65% acima dos preços pagos pelos consumidores residenciais norte-americanos, por exemplo.

E em um mundo tão cheio de tecnologia, quem consegue viver no escuro? Mas são estas mesmas tecnologia que prometem deixar a conta mais barata. Uma delas é o sistema de energia solar para o aquecimento da água, que começou a cair no gosto do brasileiro.

Em Tubarão, um projeto de lei foi aprovado para incentivar a instalação deste tipo de sistema nas residências, condomínios e repartições públicas. “Além das vantagens ambientais (o sol é uma fonte de energia limpa), o equipamento é uma alternativa excelente aos chuveiros, um dos grandes vilões do consumo”, justifica o autor da matéria, vereador Edson Firmino (PDT).

A lei, que deve ser sancionada em breve pelo prefeito Manoel Bertoncini (PSDB), não torna o uso do sistema solar de aquecimento obrigatório, mas serve como uma regulamentação para quem quiser tê-lo e de incentivo para que, inclusive, o poder público torne-se exemplo e passe a utiliza-lo em creches e escolas.

“A redução da demanda nos horários de pico é um dos pontos mais fortes da utilização do sistema. Tanto que vou instalar na minha casa assim que a eleição terminar”, adianta Edson.

Quem instalou não se arrepende
Assim que soube do sistema solar de aquecimento de água, o DJ Gilmar Garcia foi conhecer o funcionamento. O que mais o atraiu foi a promessa de redução na conta de energia. Gilmar mora sozinho em uma casa no bairro Oficinas e garante: a conta de energia, dependendo do mês, chega a vir com mais de 80% de redução no comparativo com a época em que não tinha o sistema.

“A conta referente a este mês, por exemplo, vou pagar só R$ 10,00. Antes chegava perto dos R$ 50,00”, compara o DJ, que passou utilizar o sistema em dezembro do ano passado. Gilmar ainda não chegou a reaver o investimento feito, cerca de R$ 1,2 mil, mas está próximo disso.

“Compensa muito. Se você analisar não há desvantagem e o preço não é alto, especialmente se for levar em consideração a queda considerável na conta de energia”, pontua Gilmar. A redução na conta, contudo, está diretamente associada ao número de pessoas na família.

Em uma casa com quatro pessoas, por exemplo, a queda no preço não será tão expressiva como no caso do Gilmar, mesmo assim, aponta o DJ, é vantajoso. “Tudo depende do uso. Conheço famílias que reduziram até 50% no valor da conta de luz”, atesta.