Setor amarga mais uma crise

 

Zahyra Mattar
Braço do Norte
 
Os suinocultores do Vale do Braço do Norte vivem novamente a expectativa de ficarem isentos do ICMS da carne suína in natura e de suínos vivos vendidos para outros estados. A intenção é que a medida passe a vigorar até o fim deste mês e com retroatividade ao dia 27 de abril deste ano.
Ainda que não seja a saída para a recuperar efetiva do setor, a medida pode amenizar a crise gerada pelo excesso de oferta de carne suína e da alta de insumos, especialmente do milho e soja, componentes básicos da ração para os animais.
 
Hoje, o custo para criar um suíno gira em torno de R$ 2,65 por quilo do animal vivo, enquanto a comercialização situa-se em torno de R$ 1,80 no mercado. Se o produtor trabalha no vermelho, os altos preços para o consumidor também atrapalham. Um quilo de costelinha suína custa, em média, R$ 11,50.
 
“Nós perdemos mercado, principalmente no país, porque o Rio Grande do Sul e o Paraná mantiveram a isenção do ICMS até o fim deste mês. Não há como competirmos”, argumenta o coordenador regional sul da Associação Catarinense os Criadores de Suínos (ACCS), Adir Engel.
 
Os produtores também requerem, junto à secretaria estadual de agricultura e pesca, a isenção tributária na comercialização de carcaças suínas para outros estados e uma tributação diferenciada para pequenas e médias agroindústrias do setor, além de uma política de abastecimento de milho.