Servidores da Celesc encerram movimento grevista

Foto:Divulgação/Notisul
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Tubarão

O movimento grevista nas Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), que mobilizou 90% da categoria em Tubarão e região, foi encerrado na tarde de ontem em Florianópolis após a terceira mediação entre o Ministério Público do Trabalho (MPT), trabalhadores e direção da Celesc, que resultou em uma nova proposta de reajuste salarial.

Segundo o sindicato da categoria, na terça-feira a Celesc ofereceu reajuste de 6,32%, a título de reposição salarial mais três steps/degraus de progressão no Plano de Cargos e Salários, que ao final totaliza 9,38%. Os servidores terão ainda 30 vales-alimentação no valor de R$ 34 e reajuste no auxílio babá/creche. 

Em assembleias realizadas em todo o estado, ontem, os servidores entenderam que, após dez dias de paralisação e a garantia da empresa em não descontar o período de greve, o melhor seria voltar ao trabalho. 

Depois de aceitar a nova proposta da Celesc, imediatamente os servidores se dirigiram à empresa para ocupar seus postos de trabalho e garantir a normalidade do atendimento. Ao contrário de outros sindicatos, que anunciaram a realização de uma força-tarefa para colocar os trabalhos em dia, o diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Energia Elétrica do Sul de Santa Catarina, com sede em Capivari de Baixo, Amarildo Machado Correa, garante que a realidade na região de Tubarão é diferente. “Não temos muito serviço acumulado porque tivemos atendimentos voluntários. A população não deve nunca pagar o preço de uma diretoria intransigente. Já está tudo normalizado”, revela.

Além disso, por parte da empresa, algumas medidas foram pensadas para evitar maiores transtornos. Os clientes puderam optar pelo atendimento pela internet e por telefone. 

Bancários mantêm negociação
Até as 23 horas de ontem, Fenaban e bancários discutiam a possibilidade de encerrar o movimento grevista. A reunião foi proposta pelos próprios bancos no início da manhã e iniciou por volta das 17 horas. Nos debates, além da proposta, o sindicato tentava evitar que houvesse qualquer forma de punição aos grevistas.