‘Senti os sintomas de uma gripe forte’, diz paciente com suspeita de coronavírus em Braço do Norte

O paciente de Braço do Norte com suspeita de coronavírus está em casa aguardando os exames para confirmação se há infecção ou não. Ele deu entrada no Hospital Santa Terezinha na terça-feira com sintomas leves da doença depois de voltar de uma viagem ao exterior.

De acordo com o médico Nixon Batista, coordenador da emergência do hospital, o paciente deve  aguardar sem sair de casa para não botar outras pessoas em risco e ele mesmo.

“Se ele estiver de fato com o vírus o organismo vai estar mais fraco e é preciso repousar para não complicar o estado de saúde”.

A redação do Notisul entrou em contato com o paciente, que não quis se identificar. Ele contou que voltou do exterior e há poucos dias se sentiu mal.

“Senti os sintomas de uma gripe forte e procurei o hospital. No começo fiquei assustado por mim e pelas pessoas ao meu redor”, contou.

Agora ele toma medicação receitada pelos médicos que o atenderam no hospital e disse que na manhã desta quinta-feira já acordou melhor.


Aguardando os exames

O material coletado do paciente será analisado e os resultados podem sair até o fim da semana. Conforme a diretora  Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen), em Florianópolis, Marlei Pickler Debiasi, o que será feito neste primeiro momento são testes preliminares para descartar outros vírus, como o H1N1.

“É provável que a partir da próxima semana estaremos aptos para apontar ou excluir casos do Covid-19. Nossa equipe está em treinamento. A partir daí daremos mais agilidade às análises, não tendo mais a necessidade de encaminhar o material para o laboratório de referência, que é o Instituto Oswaldo Cruz, na Fiocruz, no Rio de Janeiro”, explica Marlei.

O material do paciente do caso de Braço do Norte poderá ficar, além das 72 horas no Lacen, mais de quatro a sete dias no Rio, então somente depois será divulgado o resultado para positivo ou negativo.
“Neste período, iremos manter o isolamento dele em casa e monitorar os familiares, além de orientar sobre o uso de máscaras e higienização, por exemplo”, resume a técnica da Vigilância Epidemiológica do município, Jane Vitório Rosa da Cunha.