Senadora critica alunas com pelo na axila e pede universidade militarizada

Brasília (DF)

A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) perguntou ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, nesta terça-feira (11), se o governo pode criar universidades cívico-militares, a exemplo do que vem fazendo com escolas de ensino básico.

A parlamentar mostrou interesse em “coibir ‘atos culturais’ ou de protestos” por parte dos alunos. “Eu recebi, dias atrás, fotos dentro de banheiros de universidades federais, fotos de meninas seminuas, tirando foto, minoria, seminuas… Uma coisa, assim, tétrica”, disse Soraya.

“As axilas com pelos, das mulheres, elas estavam exaltando aquilo como um protesto, como se ninguém deixasse elas não depilar, não terem a depilação. Não sei o que acontece. Isso não é coisa para ser tratada dentro de universidade federal, só que, se o reitor se insurge contra aquilo, se professores se insurgem contra aquilo, é um problema grave”, prosseguiu, para então perguntar: “Gostaria de saber se seria possível implantar um sistema de universidades cívico-militares”.

ITA é exemplo

Em resposta, Weintraub, que participava de audiência na Comissão de Educação do Senado para explicar problemas ocorridos no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), disse que coibir algumas manifestações em universidades é difícil. “Isso aí depende da legislação, é muito difícil hoje”, afirmou.

O ministro, no entanto, disse, ser possível criar universidades cívico-militares. “O ITA é uma escola cívico-militar. O Instituto Tecnológico Militar tem a gestão militar, da aeronáutica, e os professores civis com total liberdade de ensino e de pesquisa”, lembrou, completando que o governo federal pretende dobrar o número de vagas oferecidas pelo instituto localizado em São José dos Campos (SP).