Racionamento de energia está descartado, pelo menos em 2008

Rio de Janeiro (RJ)

Tanto o diretor geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, como o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, descartaram ontem os riscos de racionamento de energia neste ano. Na avaliação de Chipp, as chuvas das últimas semanas, embora com atraso, deixaram a situação melhor.

Ele lembrou que apenas no nordeste os reservatórios estão em nível abaixo da curva de aversão ao risco, com 37,52% de sua capacidade. “Podemos dizer que está afastada qualquer possibilidade de racionamento ainda neste ano e já estamos, inclusive, preparando 2009”, ressaltou.

Dados do ONS apontam que no sudeste e centro-oeste os reservatórios estão com 58,43% da capacidade (5% acima da curva de aversão ao risco); na região sul, com 60,75%, situação considerada “excelente” por Chipp; e na região norte, com 35,52%. A fim de economizar água até o fim do ano, o diretor do ONS informou que o sistema elétrico recebe energia também de usinas térmicas.

Também para o presidente da EPE, a situação é tranqüila e é impossível que o país volte a passar por racionamento de energia neste ano. “Antes mesmo das chuvas do fim de janeiro e início deste mês já tínhamos certeza de que não haveria racionamento, porque temos as térmicas funcionando com uma boa margem de segurança”, disse Tolmasquim, ao lembrar que no racionamento de 2001 não havia térmicas: “Quando os reservatórios esvaziavam, não havia o que fazer, mas hoje se pode poupar água com o acionamento das térmicas”. O sistema permite o intercâmbio de energia entre as regiões do país, por meio das linhas de transmissão.