Puerpério requer acompanhamento médico

#Pracegover foto na imagem há um bebê, uma enfermeira e a mãe da criança
#Pracegover foto na imagem há um bebê, uma enfermeira e a mãe da criança

Depois do parto, é necessário que a mulher mantenha o acompanhamento médico para a avaliação da sua recuperação e a orientação sobre os cuidados com o bebê. De acordo com as autoridades de saúde, a primeira consulta deve ser realizada entre sete e dez dias após o nascimento da criança. O período pós-parto, chamado de puerpério, é um momento singular, em que a saúde física e emocional da mãe também merecem atenção.

A obstetrícia é a especialidade médica responsável por cuidar da saúde da mulher durante a gestação, o parto e o puerpério. O Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira da Fundação Oswaldo Cruz (IFF/Fiocruz) orienta profissionais da saúde e famílias sobre as melhores práticas de acordo com cada um desses momentos.

Segundo o IFF/Fiocruz, o puerpério dura cerca de seis semanas, sendo caracterizado por um período de alterações no corpo e na mente da mulher, que passa a lidar com questões da maternidade, da autoestima, da sexualidade e da reorganização da vida familiar e profissional. Por isso, o acompanhamento médico nessa fase não é direcionado de forma exclusiva ao recém-nascido, sendo realizada uma abordagem sobre a recuperação do parto e a saúde da mãe.

Aspectos físicos e emocionais 

É durante essa rotina que o médico ginecologista e obstetra pode identificar e tratar problemas de saúde da mulher, como anemia, infecção urinária, trombose e alterações na tireóide. O IFF/Fiocruz ressalta, ainda, que a consulta puerperal é a oportunidade para avaliar doenças de base, como as cardiovasculares e a diabetes.

Os aspectos emocionais também são analisados e, dependendo do quadro apresentado pela paciente, o médico pode encaminhar para o atendimento psicológico. Isso é importante para o tratamento dos casos de ansiedade e depressão pós-parto.

Estudo realizado pela Fiocruz aponta que uma em quatro mulheres brasileiras são diagnosticadas com depressão pós-parto. O problema tem cura e, para isso, é necessário realizar o tratamento adequado.

Amamentação e cuidados com o bebê 

O estado de saúde do recém-nascido, as orientações sobre aleitamento materno e a evolução da interação entre o bebê e a mãe são outros pontos fundamentais nas visitas ao obstetra. De acordo com o Ministério da Saúde, a consulta puerperal deve ocorrer até o 42º dia após o parto.

A amamentação é um assunto relevante, pois fortalece a saúde de ambos. Segundo o Ministério da Saúde, amamentar reduz em até 13% a mortalidade dos bebês por causas evitáveis e diminui em 6% a probabilidade do desenvolvimento do câncer de mama na mulher. Mas o processo não é tão simples e, por isso, requer atenção especial durante o puerpério.

Luto materno e parto prematuro 

O IFF/Fiocruz alerta que as mulheres que passaram pelo aborto também devem realizar o acompanhamento com o médico obstetra. Além da questão emocional que envolve o luto materno, é necessária uma avaliação da saúde física.

Outra orientação é com relação às mães que passaram pelo parto prematuro. As consultas devem dar continuidade à investigação ou ao tratamento das causas que motivaram a antecipação do parto.

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Fonte: Experta Media