Programa Jovem Aprendiz amplia oportunidades para o mercado de trabalho

“Acreditamos no potencial dos jovens, o que inclui sua formação pessoal e profissional como um desafio diário e recompensador”, afirma a coordenadora da Combemtu – Associação de Atendimento à Criança e ao Adolescente, Cristine Medeiros. Ela se refere ao programa Jovem Aprendiz, criado para contribuir com a preparação e inserção de jovens no mundo do trabalho, conforme Lei da Aprendizagem (10.097/2000). Desta forma, tem seu foco na formação através de conteúdos teórico-práticos que promovem o desenvolvimento do adolescente, possibilitando o ingresso no mercado formal de trabalho, na condição de aprendiz, favorecendo a sua inclusão e integração social.

O programa é viabilizado em parceria com a iniciativa privada. Uma destas parcerias é com o Núcleo de Tecnologia da ACIT (Associação Empresarial de Tubarão), através do projeto Jovens Talentosos, envolvendo seus profissionais para ministrar palestras de orientação profissional.

A parceria com o Núcleo iniciou em setembro deste ano, envolvendo 15 voluntários de 11 empresas participantes. “A ideia surgiu a partir de uma visita por meio da ACIT, onde percebemos que poderíamos contribuir com conteúdos ligados à nossa área de conhecimento e ao mesmo tempo, divulgar as diversas possibilidades do segmento de Tecnologia”, explica o coordenador do Núcleo, Eder Cachoeira.

Desde então, foram ministradas 31 palestras para quatro turmas do programa, envolvendo 69 alunos de 14 a 17 anos. Os temas compreendem desde Informática Básica, até Segurança da Informação, Copy, Lógica de Programação, Software Livre e Habilidades Comportamentais. “Independentemente da carreira que eles decidirem seguir, os conteúdos contribuirão com sua formação. É claro que se eles se identificarem com a área de TI, será bastante positivo para o setor, que tem grande demanda por mão-de-obra capacitada”, explica.

Ele conta ainda que, por influência das palestras, alguns jovens já ingressaram no IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina), para os cursos que disponibilizam nesta área.
Para Beatriz de Godoy da Silva, de 19 anos, a experiência tem sido muito positiva. “Aprendi várias coisas como comunicação e relacionamento profissional, pois minha maior dificuldade era me expressar. Com o programa, consigo ajudar em casa e comprar minhas próprias coisas. Eu só tenho a agradecer por essa oportunidade”, afirma.

Para o Eduardo Queiros Barros de Assis Lima, de 18 anos, não é diferente. “Tem sido incrível, pois o programa me proporcionou várias oportunidades e abriu portas para meu desenvolvimento, ingressando no mercado de trabalho de forma mais técnica e profissional”. Ele lembra que esta é uma oportunidade de entender outras realidades sobre o mercado de trabalho e, neste caso, sobre a Tecnologia. “As minhas expectativas são que eu continue só melhorando, que eu permaneça na empresa onde estou hoje e que lá cresça profissionalmente”, completa.

O Adson de Oliveira Bitencourt, também participante, reforça o quanto participar do programa tem sido importante para sua carreira profissional e um estímulo à sua veia empreendedora. “Consegui desenvolver meu autoconhecimento, perdi a timidez, aprendi a trabalhar em equipe. Aprimorei meus conhecimentos no pacote Office e em informática de modo geral. Com o programa já adquiri conhecimento de como ter meu próprio negócio, além do incentivo do professor. Meu projeto é de uma barbearia, sou formado e já estou há 2 anos na área”, salienta, reforçando que as palestras de tecnologia abriram a visão.

“Operações que eu não sabia como realizar, eu aprendi e hoje, consigo ter uma base muito interessante sobre Tecnologia”.

O programa engloba outros segmentos, com duração mínima de 7 meses e máxima de 24 meses. Atualmente, são 40 empresas parceiras, totalizando 110 aprendizes, com formação destinada a Auxiliar Administrativo, Almoxarife, Arquivista, Office Boy, Escriturário de Banco, Repositor e Embalador.

A aprendizagem teórica é responsabilidade da entidade formadora, sendo a jornada mínima de 30% em relação ao total do curso, de acordo com a Portaria nº 723, de 2012, e distribuída conforme o Catálogo Nacional da Aprendizagem Profissional (CONAP). Já a experiência prática acontece na empresa parceira e corresponde a 70%, completando o curso.

Segundo a coordenadora do Programa Jovem Aprendiz na Combemtu, Maria de Lourdes de Souza Marcolino, esta é uma ferramenta eficaz de inclusão. “O Programa Jovem Aprendiz apresenta-se como ferramenta de inclusão produtiva, amplia as possibilidades de inserção e permanência do jovem no mercado de trabalho, tornando mais promissor o futuro da nova geração”, reforça.

Foto: Elke Schuch Borges  |  Acit

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