Professores estaduais estão em estado de greve

Floriánopolis/ Tubarão

Na última terça-feira (18), em Florianópolis, em assembleia, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte/SC), decidiu que os professores estaduais estarão em estado de greve até o próximo dia 17. Os profissionais de educação reivindicam do Governo do Estado reajuste salarial de 17,54%, porém o aumento salarial oferecido pelo governador Carlos Moisés (PSL) é de apenas 3,14%.

Na assembleia, os profissionais tiveram como pauta os reajustes do Piso do ano passado de 4,17% e deste ano 12,84% na carreira. Além disso, eles almejam o aumento do vale alimentação para R$ 24,00, que atualmente está em R$12,00, desde 2011. Os educadores também são contrários a reforma da previdência proposta pelo governo catarinense.

Na última segunda-feira, o governo do Estado, representado pelo Secretário de Educação Natalino Uggioni, apresentou uma proposta de reajuste de 3,14% parcelado em maio e novembro, o que para os profissionais de educação volta a compactar a carreira, já achatada, do magistério.
Os educadores marcaram para o próximo dia 18 um novo encontro entre os profissionais de educação. Caso o governo não atenda as reivindicações dos professores, os profissionais irão deflagrar a paralisação.

De acordo com o Sinte/SC, o governador está fora da Lei, ao não pagar o Piso na carreira aos trabalhadores em educação. Segundo o sindicato, os trabalhos nos próximos dias serão de conscientização e mobilização da categoria por todo Estado, por meio de visitas as escolas, atos e campanhas na construção da greve e da luta por valorização e respeito ao magistério.

A última greve dos professores da rede estadual de ensino ocorreu em 2015 e durou 72 dias. No entanto, se a reivindicação dos profissionais em educação não for aceita pelo governo estadual, eles podem voltar a paralisar depois de quase 5 anos. Os docentes, pais, alunos e governo afirmam que não desejam assistir novamente o folhetim do ‘vale a pena ver de novo’, mas se for necessário, os educadores afirmam que utilizarão a ‘medicação amarga’.