Prisão temporária de vereador é convertida em preventiva

Jean exercia o seu primeiro mandato na Cidade Termelétrica, e tinha sido reeleito para legislatura 2017/2020. - Foto: Divulgação/Notisul.
Jean exercia o seu primeiro mandato na Cidade Termelétrica, e tinha sido reeleito para legislatura 2017/2020. - Foto: Divulgação/Notisul.

Jailson Vieira
Capivari de Baixo

A justiça acolheu o pedido Ministério Público (MP) de Capivari de Baixo e do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) de Criciúma e Florianópolis e converteu a prisão temporária do vereador Jean Corrêa Rodrigues (PSDB), em preventiva. O pedido se estendia aos legisladores Ismael Martins, o Mael (PP), Fernando Oliveira da Silva (PSB) e Jonas Machado dos Santos (PMDB), e foram proferidas diferentes interpretações para o caso.

Na madrugada de sábado, a justiça indeferiu as preventivas de Mael, Fernando e Jonas. Com isso, o parlamentar pepista foi liberado, contudo, terá que seguir medidas cautelares impostas, entre elas não ter contato com os demais vereadores e servidores da Câmara de Capivari. Já os pedidos de reclusão dos outros legisladores precisaram ser reformulados. Do pessebista foi acatado no domingo por mais cinco dias. Ontem, a juíza Rachel Bressan Garcia Mateus prorrogou a prisão do vereador Jonas, também por mais cinco dias.

A Casa parlamentar da Cidade Termelétrica tem sido alvo de uma megaoperação do Gaeco de Criciúma e Florianópolis, com o apoio da promotoria de justiça de Capivari. São cinco meses de trabalhos da promotoria, e neste período foram apurados fortes indícios de que os vereadores exigiam, mensalmente, parte do salário dos seus assessores, ocupantes de cargo em comissão, alguns desses servidores nem exerciam efetivamente trabalho na Câmara. E o pior: desenvolveriam atividades particulares em horário em que deveriam prestar serviço no poder legislativo capivariense. O grupo também é acusado de corrupção ativa, passiva, peculato e suspeita de formação de quadrilha.

Ao todo, na megaoperação foram afastados sete vereadores, seis prisões, de Arleis Flavio Nunes Ribeiro (PSDB), Jean Corrêa Rodrigues (PSDB), Ismael Martins, o Mael (PP), Edison Cardoso Duarte, o Edison da Elétrica (PMDB), Fernando Oliveira da Silva (PSB) e Jonas Machado dos Santos (PMDB). O parlamentar Manoel da Silva Guimarães, o Farinheira (PT) apenas foi afastado de suas funções no cargo eletivo.

Com as impossibilidades, o atual presidente da Câmara passou a ser Arlei da Silva (PPS), que precisou convocar três suplentes para o andamento das sessões, uma vez que no município tem 11 vereadores e, para que ocorram os encontros, são necessários seis parlamentares, no mínimo. Ontem, os edis votaram e aprovaram a Lei Orçamentária do próximo ano e encerraram as atividades desta legislatura.