Prefeitura de Tubarão afirma que o problema na bomba de recalque ocorreu por falta de energia

Inundações das ruas dos bairros Dehon e Humaitá invadiram centenas de casas e comércios - Foto: Prefeitura de Tubarão | Divulgação

A gigantesca inundação dos bairros Dehon e Humaitá na semana passada foi provocada, em parte, que intensa e contínua chuva, mas principalmente pela falha no sistema de drenagem na Margem Esquerda. As bombas de recalque que ficam Avenida José Acácio Moreira pararam de funcionar e o nível da água, que já alagava as ruas, passou a aumentar até transformar parte dos dois bairros em um segundo rio. Diversas casas foram afetadas e moradores perderam móveis e outros bens. Enquanto ainda contabilizam prejuízos e limpam suas residências, os populares já iniciaram uma movimentação para entrar com uma Ação Civil Pública contra o município, pelos danos agravados por causa do equipamento que não funcionou.

No começo da noite desta quarta-feira (11), a Prefeitura de Tubarão emitiu uma nota oficial sobre o ocorrido. Conforme o texto, “as bombas passam por revisões periódicas, a cada seis meses, quando são ligadas manualmente para verificação do perfeito funcionamento. Em caso de apresentarem alguma avaria, são imediatamente reparadas”. Estas vistorias, continua a nota, são efetuadas por uma empresa contratada, responsável pela manutenção dos equipamentos do município. O equipamento que falhou teve inspeção realizada na segunda-feira (2), um dia antes do início das chuvas, e nenhuma avaria foi constatada. O funcionamento, segundo consta na nota, foi interrompido por conta da falta de energia elétrica.

“No decorrer do último dia 3 de maio de 2022 (terça-feira), em função do alto volume de água em escoamento no sistema de drenagem, a referida bomba foi acionada e passou a realizar o bombeamento, funcionando em plenitude máxima até as 1h30 da manhã do dia 5 de maio de 2022 (quinta- feira). Neste momento, em razão de uma interrupção no fornecimento de energia, em decorrência de problemas na rede de alta tensão que atravessa o Rio Tubarão, que provocou o desligamento da chave do sistema elétrico, o funcionamento da bomba foi interrompido. A ausência de energia e o cessamento do bombeamento, associado ao aumento do nível do Rio Tubarão, que alcançou nível superior ao canal emissário da bomba, provocou movimento inverso das águas, o que causou a inundação das galerias da macrodrenagem, incluindo o espaço onde estava o motor danificando-o e impossibilitando sua retirada ou manutenção imediata”.

Ainda de acordo com o texto oficial, a Prefeitura de Tubarão aponta que na manhã de quinta-feira (5) passada, após mergulhadores desobstruírem o emissário por onde as águas do rio retornavam e esgotarem o espaço da bomba, foi possível acessar o equipamento. “Uma força tarefa capitaneada pela Defesa Civil, Bombeiros, Diamante Energia e outros voluntários conseguiu encaminhar a solução do problema, com implantação de duas bombas provisórias, fazendo com que fosse possível o processo de esvaziamento das águas na Margem Esquerda, que daquele momento em diante ocorreu a bom termo, sem outros incidentes”. O ofício informa, ainda, que as outras bombas localizadas na rua Lauro Müller (Margem Direita) e na Avenida José Acácio Moreira (em frente da Oi, na Margem Esquerda – apenas referência), funcionaram em sua plenitude durante todos os dias de fortes chuvas e alto nível do rio.

“Apesar do funcionamento efetivo destas bombas, que também servem para escoamento dos sistemas de drenagem e pluvial, as regiões mais baixas na margem esquerda foram inundadas (…). Mesmo as bombas que funcionavam normalmente mostraram-se insuficientes frente ao excepcional volume de águas neste período”. O texto termina com o anúncio de que a Prefeitura realizará estudos e tomará medidas para ampliar a quantidade de locais com escoamento através de bombas, bem como redimensionamento das existentes, além de implantar modelos alternativos para suprimento energético.

Confira a nota na Íntegra:

Fonte: Prefeitura de Tubarão
Edição: Zahyra Mattar | Notisul

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