Prefeito sanciona Lei que gerou polêmica

Prefeito Olavio Falchetti reconheceu importância da lei com a sanção  -  Foto:Emanuela Silva/Divulgação/Notisul
Prefeito Olavio Falchetti reconheceu importância da lei com a sanção - Foto:Emanuela Silva/Divulgação/Notisul

Tubarão

Depois de uma série de situações que levou à morosidade da tramitação da Lei 87/2016, de autoria do vereador Paulo Henrique Lúcio, o Paulão (PT), o qual institui a data 23 de abril como Dia Municipal dos Cultos aos Orixás e das Religiões de Matriz Africana, e declara como patrimônio imaterial de Tubarão os cultos religiosos desta dominação, nesta segunda-feira, enfim o prefeito Olavio Falchetti (PT) pôde sancionar a norma. 

A iniciativa tramitou na Câmara da Cidade Azul por quase cinco meses, e a decisão para a aprovação da lei era postergada, e muitos adeptos das Religiões de Matriz Africana garantiram que foi intolerância de alguns vereadores. De acordo com Paulão, após o dia 15 de fevereiro do próximo ano, as preparações para comemorar a data devem iniciar. “Estamos pensando em seminários ou palestras para comemorar, as iniciativas contribuirão com a cultura afro. Vamos abordar, por exemplo, a culinária”, projeta.

O dirigente espiritual Marcelo Corrêa relata que a importância da Lei é poder ter um dia para mostrar a cultura e crença dos negros e dos ancestrais, que lutaram pelo desenvolvimento do país. “Com a aprovação, podemos mudar a imagem da nossa religião, pelo contrário que é dito pelas ruas, ela não é uma religião a qual leva destruição ou pacto com demônios, ou algo do gênero, mas sim algo que mostra e discute a força da natureza, os elementos naturais os quais estão vivos dentro de cada um. O ser humano se desligou de sua essência e da natureza. Nós, do culto ao Orixá, buscamos isso e também para vida dos que seguem a religião ou daqueles que buscam somente um auxílio”, explica.