Prédio do antigo Besc em Laguna será leiloado em março

Quase 11 anos depois da incorporação do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) pelo Banco do Brasil (BB), a agência da antiga instituição financeira catarinense em Laguna vai ser leiloada. O prédio localizado no calçadão da rua XV de Novembro tem venda prevista para acontecer em 26 de março, a partir das 11h30.

A agência, inaugurada em 1991, permaneceu em funcionamento por sete anos após o processo de absorção do Besc pelo BB, sendo desativada em 2016, sob protestos à época do sindicato dos bancários de Laguna.

O imóvel, que tem 675 metros quadrados atualmente, pertence ao patrimônio do Banco do Brasil. Segundo o site da casa Lance no Leilão, responsável pela oferta do imóvel, o valor inicial de lance está fixado em R$ 778 mil.

A edificação tem dois pavimentos e o futuro comprador deve receber o prédio quitado. O banco é responsável, conforme a casa, pela quitação de possíveis valores de IPTU, ITR, CCIR, e outras taxas que possam existir. Os lances para a aquisição já podem ser ofertados pelo site da Lance no Leilão.

O Banco do Brasil colocou a venda quase 40 prédios que pertenciam a agências desativadas. Os imóveis estão localizados em Santa Catarina, Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro.

Para ex-funcionário, ‘dói’ ver a placa de leilão

José Antônio Martins Silva, mais conhecido como ‘Zezé’, iniciou a carreira no banco em 1985, em Florianópolis. Veio para Laguna em 1991, atuando ainda na primeira sede da instituição em Laguna, que ficava em frente ao Supermercado Angeloni, no Centro. No mesmo ano, a nova agência, no calçadão, foi aberta. A instituição chegou à cidade juliana no aniversário do município em 1980.

“O Besc, sinceramente, em Laguna era um apogeu. Era o banco que atendia todo mundo e a gente ganhava vários elogios do povo. A gente atendia a população com carinho e respeito – bem diferente de hoje que eles veem mais o banco como simples negócio. [Graças ao bom atendimento] A gente tinha muitos amigos. Fiz muitas amizades em todo aquele tempo que permaneci ali”, conta.

Para o ex-funcionário, ver a placa de leilão bate um sentimento de tristeza. “Aquilo [leilão] dói na gente. Não porque iniciamos ali é que fizemos amizades e fica um rótulo até hoje – o pessoal me conhece como ‘Zezé do Besc’”, comenta Martins. “[O Besc] Marcou muito na vida, muito mesmo. A gente criou os filhos ali, viveu ali e hoje vendo isso sendo leiloado é muito triste, realmente”, finaliza.