Por 24 horas: Servidores municipais cruzam os braços

Zahyra Mattar
São Ludgero

Quem procurou atendimento nos setores de obras, educação e saúde em São Ludgero, ontem, deu com a cara na porta. Os trabalhadores paralisaram as atividades para protestar a falta de reajuste salarial. Conforme o presidente do sindicato dos servidores da região de Braço do Norte, Wilson Altoff, as partes negociam há cerca de sete meses e ainda não conseguiram costurar um acordo.

Ele alega que as perdas salariais chegam a 4% e a disparidade de ganhos entre os servidores é muito grande. “Há funcionário com apenas o ensino médio que ganha mais do que um professor com curso superior, por exemplo. Isto precisa ser revisado”, aponta Wilson.

Os trabalhadores também sugerem a criação de outros benefícios para amenizar as perdas salariais, como o vale assiduidade, a fim de reduzir os dias de falta. O secretário de administração da prefeitura, Valmir Felisbino, explica que a queda na arrecadação inviabiliza qualquer aumento no momento.

“Todos os anos, fazemos a reposição salarial, mas neste já ultrapassamos o limite da folha. O único repasse não feito é a inflação do período entre março do ano passado e março deste ano. Vamos estudar como fazer isso”, assegura Valmir.

Hoje, os trabalhadores retornarão às suas funções normalmente. Porém, não descartam voltar a cruzar os braços caso as negociações não avancem. Eles farão uma nova assembleia na próxima semana e, se não houver acordo, entrarão em greve por tempo indeterminado.