Ponte de Congonhas: Construção depende de mais dinheiro

Amanda Menger
Tubarão

A novela da construção das pontes de Congonhas e do Torneiro pode ganhar mais um capítulo na próxima semana. Isso porque o prefeito de Jaguaruna, Inimar Felisbino Duarte (PMDB), se reunirá terça-feira com o secretário de estado da infraestrutura, Mauro Mariani. Além de vistoriar as obras do Aeroporto Regional Sul, os dois discutirão um possível aumento na parte do estado no convênio das duas pontes.
“A ponte do Torneiro terá que ser aumentada em 30 metros, isso por si só já eleva o preço da obra, e tem ainda a elevação dos preços dos materiais, que estão defasados com relação ao valor da licitação ganha há um ano. A empresa Sul Catarinense estima um reajuste de 13% no convênio. Jaguaruna não tem como bancar sozinha esse aumento”, afirma o prefeito.

A empresa apresentou na quarta-feira um cronograma de trabalho. “Mas, para efetivar isso, depende de dinheiro. Vou expor o problema ao secretário e ver de que forma o estado poderá nos ajudar. A resposta dele eu repassarei aos prefeitos de Tubarão e de Içara, já que os dois municípios comprometeram-se em ajudar a realizar a obra”, afirma Inimar.

O convênio para a construção da ponte de Congonhas foi firmado entre o estado e a prefeitura de Jaguaruna, já que Tubarão, na época, não possuía as Certidões Negativas de Débitos (CNDs são comprovantes de quitação de impostos e fundos federais e estaduais, como FGTS, INSS e inexistência de débitos com estatais) e não podia firmar parcerias com o estado.

A obra foi orçada em R$ 800 mil – R$ 500 mil do estado e R$ 150 mil de cada prefeitura. A Sul Catarinense chegou a fazer o estaqueamento da ponte, mas os trabalhos pararam. Até o momento, o governo do estado enviou R$ 200 mil, a prefeitura de Tubarão R$ 42 mil e Jaguaruna algo em torno de R$ 3 mil a R$ 5 mil.
A empresa também é responsável pela obra da ponte da localidade de Torneiro, entre Jaguaruna e Içara (em parceria das duas prefeituras e o estado). Neste caso, a construção evoluiu, mas parou porque o rio sofreu assoreamento e o projeto foi revisto.