“Pena que não foi na Indonésia”, diz Bolsonaro sobre militar traficante

O presidente Jair Bolsonaro voltou a comentar o caso do militar da Força Aérea Brasileira (FAB) que foi preso com 39 quilos de cocaína em Sevilha, na Espanha. Durante um evento da cúpula do G20, em Osaka, no Japão, o chefe do Executivo disse ser uma “pena” que o segundo sargento Manoel Silva Rodrigues não tenha sido preso na Indonésia.

Ele citou o país asiático como exemplo de tratamento rigoroso para o tráfico de drogas, que naquele país pode ser punido com a pena de morte. “Aquele elemento ali traiu a confiança dos demais. Traiu a confiança, sim. Olha, pena que não foi na Indonésia. Eu queria que tivesse sido na Indonésia, tá ok? Ele ia ter o destino que o Archer teve no passado”, afirmou o presidente da República.  

Em 2015, o brasileiro Marco Archer foi executado na Indonésia em decorrência de uma condenação por tráfico. Em 2004, ele entrou no país com 13 quilos de cocaína. Na ocasião, ocorreram pedidos de autoridades brasileiras para que a pena de morte não fosse aplicada ao caso. 

Cancelamento

O presidente Jair Bolsonaro cancelou um encontro bilateral previsto entre ele e o presidente da China, Xi Jinping. O porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, afirmou que ocorreu “incompatibilidade de agenda”. A reunião foi desmarcada quando Jinping registrava 20 minutos de atraso.

O governo brasileiro alegou compromissos de viagem para justificar o cancelamento. “Temos uma incompatibilidade de agendas em função de atraso das bilaterais. Nós esperamos até o presente momento, mas nós temos um horário para a decolagem e ainda temos que retornar ao hotel para fazer o fechamento”, informou o general Otávio Rêgo Barros.  

Antes de voltar ao Brasil, Bolsonaro se reuniu com diversas autoridades. Entre eles o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e da França, Emmanuel Macron.