Tubarão
A pedra histórica resgatada de um naufrágio em Florianópolis na semana passada começa agora a passar por um longo e delicado processo de dessalinização. A peça está na Unisul de Tubarão, sob os cuidados do Grupo de Pesquisa em Educação Patrimonial e Arqueologia (Grupep).
A retirada do sal deverá durar seis meses. Ontem, um grupo da ONG Barra Sul, conveniada ao Grupep, instalou o equipamento para este primeiro tratamento, que visa diminuir a degradação do material.
Após a dessalinização, a peça estará pronta para começar a ser limpa. Depois desta etapa, as pesquisas são iniciadas. “Com o estudo deste material, poderemos resgatar uma parte do início da história do Brasil”, afirma um dos coordenadores da ONG, Flávio Correa.
Há indícios de que este talvez seja o mais antigo naufrágio já descoberto nas Américas. Mas esta informação será confirmada somente após o término dos estudos.
A previsão é que em duas semanas mais algumas peças sejam retiradas do fundo do mar e trazida para Tubarão. “São dois ornamentos esféricos e uma pedra de marco, em que tem inscrições em latim, feitas em homenagem ao Rei Felipe 2º”, antecipa Flávio.